A Globo iniciou uma nova fase em sua dramaturgia com um modelo mais compacto e moderno: as mininovelas. Inspiradas nos k-dramas e doramas, essas tramas curtas surgem como uma estratégia para atender a um público cada vez mais interessado em histórias objetivas e bem amarradas.
Sendo assim, a primeira produção desse novo formato já está em andamento e traz uma dupla criativa de peso: Walcyr Carrasco e Cristianne Fridman.
Carrasco, veterano da teledramaturgia, assina o argumento original da mininovela, criando personagens, arcos e os primeiros caminhos da trama. Já Cristianne Fridman, que retorna à Globo após 20 anos, assume a missão de desenvolver todo o roteiro, com liberdade para imprimir seu estilo.
Dessa maneira, a autora tem a responsabilidade de transformar a semente deixada por Carrasco em uma história com início, meio e fim envolventes.
O retorno de Cristianne e os bastidores da parceria

Vale destacar que Cristianne Fridman foi responsável por diversos sucessos na Record, como Chamas da Vida e Vidas em Jogo. Agora, seu retorno à Globo é visto como uma reaproximação importante com o público que consome TV aberta, mas também exige agilidade narrativa, algo que as mininovelas prometem oferecer.
Além disso, a colaboração entre os autores segue o modelo de outras parcerias clássicas, como a de Silvio de Abreu e Janete Clair nos anos 1980. Com isso, a emissora busca um modelo mais dinâmico, sem abrir mão da qualidade de seus principais nomes.
Novos tempos, novos formatos
Esse movimento da Globo não é isolado. Ele reflete uma mudança estratégica da emissora diante do crescimento do streaming. Por isso, histórias mais curtas, com menos capítulos, ganham espaço. A expectativa nos bastidores é alta, especialmente porque esse formato pode abrir caminho para outras parcerias semelhantes no futuro.
Portanto, a volta de Cristianne Fridman marca mais que um reencontro com a emissora: é o símbolo de um novo tempo para a teledramaturgia brasileira.