A cantora Jojo Todynho prestou depoimento na 42ª Delegacia de Polícia, localizada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na segunda-feira (30), após ser formalmente acusada de transfobia.
A ação foi movida pela influenciadora Amanda Froes, que reside no mesmo condomínio da artista. Conforme o processo, a criadora de conteúdo, que é mulher trans, solicitou judicialmente uma indenização de R$ 50 mil por danos morais, alegando ter sofrido ofensas que atingiram diretamente sua identidade de gênero.
Origem do conflito e denúncia de violência simbólica
O episódio teve início nas redes sociais, quando Amanda criticou publicamente posicionamentos de Jojo a respeito do público LGBTQIAPN+. Segundo o portal LeoDias, a reação da cantora incluiu insultos como “demônia” e “vagabunda”.
A influenciadora alegou, no processo, que as palavras foram utilizadas de forma deliberada, com a intenção de expô-la ao ridículo perante seus seguidores. “Atingiram minha honra como mulher trans”, registrou a autora da ação.
Amanda afirmou que as agressões extrapolaram os limites da liberdade de expressão e caracterizam violência simbólica e discriminatória. Ela declarou que sua dignidade foi abalada e que sofreu ataques na internet, o que comprometeu sua imagem profissional e pessoal. “O caso ganhou uma proporção preocupante”, relatou, mencionando ainda o impacto emocional do episódio.
Repercussões e trajetória da influenciadora
A denunciante já estampou a capa da revista Mensch e é conhecida por sua atuação nos segmentos de moda, lifestyle e gastronomia. Além disso, possui presença constante em eventos nacionais e internacionais.
Ela destacou que a exposição negativa decorrente do conflito com a vizinha afetou sua reputação de maneira intensa e danosa, gerando discursos de ódio e perseguições virtuais.
Declarações de Jojo sobre representatividade
Durante entrevista concedida ao Jornal dos Famosos, programa apresentado por Leo Dias, Jojo fez críticas ao que considera omissão de movimentos sociais diante de ataques racistas sofridos por ela. “Cadê os movimentos negros que não levantam a minha bandeira? Porque a minha bandeira não serve?”, questionou, ao comentar a falta de apoio institucional quando é alvo de ofensas na internet.
Segundo a cantora, sua postura independente em relação a determinados grupos tem contribuído para o isolamento. “O que fazem comigo nas redes sociais é criminoso. E ninguém aparece para me defender. Só porque eu não sigo a cartilha deles?”, desabafou.