Luiz Felipe Scolari, atualmente coordenador técnico do Grêmio, reforçou seu papel junto às categorias de base do clube. A partir de julho, sua atuação se intensificará, tornando-se mais incisiva nas decisões cotidianas e no desenvolvimento dos jovens atletas.
Anteriormente, sua presença já era considerada essencial nos bastidores do CT Luiz Carvalho, contudo, as recentes mudanças na estrutura interna levaram à ampliação dessa responsabilidade.
A saída dos dirigentes Diego Martignoni e Edson Berwanger, vinculados ao Movimento Grêmio Independente (MGI), contribuiu diretamente para essa reconfiguração. Ambos foram fundamentais na condução dos processos formativos e deixaram os cargos em meio às articulações para as eleições previstas para o final do ano.
O MGI apoia o pré-candidato Marcelo Marques, que deve intensificar sua campanha ao longo do segundo semestre.
Estratégia institucional em ano eleitoral
Conforme apurado, a decisão de aumentar o protagonismo de Scolari não representa apenas uma resposta emergencial. A medida também visa reforçar institucionalmente a base, setor vital para a sustentação esportiva do Grêmio.
“Poucos nomes no futebol brasileiro carregam tanta autoridade e conhecimento técnico quanto Felipão”, avaliou um interlocutor próximo à direção gremista.
A integração entre o time principal e as categorias de formação passa a ser conduzida de forma mais orgânica. O técnico Mano Menezes, responsável pelo grupo profissional, contará com um fluxo mais coeso de atletas oriundos da base, o que pode facilitar o aproveitamento de jovens talentos.
Felipão acompanhará treinos, observará partidas e orientará treinadores, em ações que têm o objetivo de manter a tradição do clube em revelar jogadores com potencial competitivo.
Continuidade da transição e respaldo técnico
Embora o afastamento de Martignoni e Berwanger tenha motivações políticas, o clube reconheceu publicamente a competência da dupla. Ambos receberam elogios pela atuação eficiente e pela contribuição positiva no ambiente formativo. A expectativa nos bastidores é de que possam retornar futuramente, a depender dos desdobramentos do processo eleitoral.
Enquanto isso, Felipão se consolida como peça-chave na construção de um projeto técnico mais robusto. “A presença constante dele oferece estabilidade e confiança num momento em que o clube busca equilíbrio institucional e esportivo”, afirmou um dirigente. A mudança, portanto, ocorre em um momento estratégico da temporada, em que decisões internas impactam diretamente o planejamento a curto e médio prazo.
Papel ativo no cotidiano das categorias inferiores
Scolari já vinha sendo figura presente nas atividades da base, mas agora exercerá funções mais práticas e abrangentes. Ele será responsável por acompanhar a evolução dos atletas e atuar como elo entre as comissões técnicas da formação e o departamento de futebol profissional. A proposta é assegurar uma linha contínua de desenvolvimento técnico, tático e comportamental.
O Grêmio aposta na força de seu legado e na experiência acumulada por Felipão para preservar sua identidade formadora. “Nosso objetivo é garantir que os jovens estejam prontos para contribuir no grupo principal quando forem chamados”, disse um profissional da base.
Assim, a liderança exercida pelo ídolo gremista se transforma em um dos pilares centrais da atual estratégia institucional.


