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Ex-participante de famoso reality show esquarteja namorado

A acusada deve retornar ao Tribunal de Magistrados de Adelaide em dezembro

As autoridades do sul da Austrália investigam um homicídio brutal ocorrido em Port Lincoln, envolvendo Julian Story, de 39 anos, e sua então companheira, Tamika Sueann-Rose Chesser. A mulher, de 34 anos, ficou conhecida em 2010 por participar do reality show “As Gostosas e os Geeks” (Beauty and the Geek).

O crime, que ganhou repercussão nacional, aconteceu na madrugada de terça-feira (17), um dia após o aniversário da vítima.

A investigação aponta que Julian foi assassinado, esquartejado e teve a cabeça decapitada. Parte de seus restos mortais foi localizada em uma propriedade residencial após um vizinho denunciar um incêndio no local, no dia 19 de junho. Contudo, conforme a polícia local, a cabeça do homem ainda não foi encontrada.


Prisão e acusações formais

Tamika Chesser foi presa em flagrante e, posteriormente, levada para a unidade psiquiátrica James Nash House, onde permanece custodiada. As acusações incluem homicídio, ocultação de provas, agressão a policiais e obstrução da justiça. Segundo a irmã da acusada, Kiya-May, ela vinha apresentando sintomas severos de instabilidade emocional, agravados nos últimos meses.

A própria Tamika foi vista dias antes do crime em situações preocupantes. Em diferentes ocasiões, foi flagrada vestida de preto, depois seminua com uma faca e um véu branco sobre a cabeça, além de ter aparecido com a cabeça raspada gritando em via pública.


Investigações em andamento

As operações de busca, conduzidas por equipes do Serviço Estadual de Emergência, a Unidade de Operações Aquáticas da SAPOL e patrulhas locais, foram suspensas temporariamente. A interrupção visa à análise minuciosa de imagens de câmeras de segurança (CFTV), com o intuito de identificar novos locais de procura e movimentos suspeitos de Chesser.

O comissário de polícia Grant Stevens afirmou que há “absolutamente” chances de as buscas serem retomadas, dependendo da revisão das gravações. “Estamos apenas reavaliando onde estão as melhores oportunidades para localizar os restos mortais de Julian e fornecer esse nível de encerramento às pessoas que se importam com ele”, disse à ABC Radio Adelaide.


Apelo à população e repercussão

O superintendente detetive Darren Fielke destacou que Chesser não conduzia veículos e costumava caminhar por Port Lincoln. Ele pediu que qualquer pessoa com registros visuais ou informações sobre seus deslocamentos entre em contato com a polícia. Imagens da suspeita foram divulgadas e mostram-na circulando pela cidade com roupas escuras e cães por volta das 15h30 do dia do crime.

A família de Julian emitiu nota agradecendo o apoio prestado pelos socorristas e pela comunidade: “Também somos profundamente gratos à nossa família, amigos e a esta comunidade extraordinária, cuja gentileza e apoio nos ajudaram a superar isso. Suas orações, presença e força silenciosa significam mais do que palavras podem expressar”.


Próximos passos

A acusada deve retornar ao Tribunal de Magistrados de Adelaide em dezembro. Enquanto isso, a força-tarefa dedicada ao caso continua em busca de novos elementos que possam esclarecer os detalhes e a motivação por trás do assassinato.