O cantor Murilo Huff obteve recentemente a guarda provisória do filho Léo, de 5 anos, em decisão judicial que retira a guarda compartilhada anteriormente exercida pela avó materna, Ruth Dias.
Desde o falecimento da cantora Marília Mendonça, mãe da criança, Ruth dividia os cuidados com o neto, mas agora, segundo a Justiça, não reunia condições adequadas para continuar com a responsabilidade.
Cuidados especiais e relatos de negligência
Léo é diagnosticado com diabetes, condição que exige atenção constante, incluindo monitoramento da glicemia, aplicação diária de insulina e uma alimentação controlada.
Conforme apontado no processo judicial, houve relatos preocupantes de negligência no cuidado da criança. Profissionais que cuidaram do menino encaminharam mensagens ao juiz indicando que Ruth não comunicava informações médicas essenciais ao pai, além de dificultar o acompanhamento do estado de saúde da criança, proibindo o envio de relatórios e orientando para ocultar sintomas e medicamentos.
Conflito e alienação parental pesam na decisão
Além da questão dos cuidados, o juiz também avaliou indícios de alienação parental, com a construção de uma imagem negativa do pai perante o menino, o que pode acarretar danos psicológicos duradouros.
O marido de Ruth reforçou em audiência que o relacionamento entre ela e Murilo é conflituoso, inviabilizando a guarda compartilhada.
Guarda provisória e perspectivas futuras
Com base no Código Civil, que atribui o poder familiar ao pai na ausência da mãe, a Justiça entendeu que Murilo demonstra dedicação para equilibrar a carreira e a paternidade.
Dessa forma, a guarda provisória foi concedida a ele até a decisão final do processo.
Dona Ruth anunciou que vai recorrer da decisão e relatou dificuldades emocionais: “Estou vivendo um luto. Colocaram uma visitação absurda, de 15 em 15 dias, e proíbem a gente de vê-lo”.
Essa decisão evidencia como, em casos delicados, o bem-estar da criança e a estabilidade emocional são prioritários para o Judiciário.