O Palmeiras venceu o São Paulo pelo placar mínimo no dia 11 de maio, na Arena Barueri, pela oitava rodada do Brasileirão. O clássico em questão, porém, foi marcado por um episódio extracampo: a expulsão do técnico Abel Ferreira, aos 16 minutos do segundo tempo, após reclamação acintosa contra a arbitragem conduzida por Rafael Rodrigo Klein.
Segundo a súmula oficial da partida, o quarto árbitro Lucas Canetto Bellote informou que, após receber um cartão amarelo, o treinador proferiu com insistência a frase: “pu** que o par**, isso é uma vergonha.” Diante da ofensa, Klein decidiu aplicar o cartão vermelho de forma direta ao comandante português .
Código Disciplinar e possível punição
Em razão da atitude, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva formalizou denúncia com base no Artigo 258, §2º, inciso II, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A infração diz respeito à conduta contrária à disciplina ou ética esportiva, especificamente por desrespeito a membros da arbitragem ou reclamações de forma ofensiva.
A pena prevista varia de uma a seis partidas de suspensão, podendo ser aplicada a atletas, técnicos, médicos ou integrantes da comissão técnica .
O julgamento está agendado para quinta-feira (10), às 09h30, no plenário do tribunal desportivo. Caso seja punido com o máximo previsto, Abel poderá ficar afastado de até seis compromissos do Palmeiras no Brasileirão.
Impacto no planejamento alviverde
O possível afastamento ocorre em um momento sensível para a equipe alviverde. Além dos desafios dentro de campo, o elenco lida com saídas iminentes de jogadores como Estêvão, que negocia com o Chelsea, e com a ausência de nomes importantes por lesão ou suspensão.
O próprio treinador, ao comentar a situação do elenco, elogiou a postura de Vanderlan, que tem substituído os titulares no setor defensivo.
Enquanto isso, o clube paulista disputa as quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. O confronto com o Chelsea, agendado para esta sexta-feira (04), às 22h (horário de Brasília), promete ser decisivo tanto esportivamente quanto financeiramente, já que o vencedor avança às semifinais e garante um aporte de R$ 117 milhões em premiações.
Declarações e contexto disciplinar
O árbitro Rafael Klein, em sua justificativa registrada em súmula, detalhou o comportamento do técnico: “expulsei diretamente após ser informado pelo quarto árbitro que, após advertência com cartão amarelo, o mesmo proferiu repetidamente e de forma ostensiva as seguintes palavras: ‘puta que o pariu, isso é uma vergonha’”.
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva estabelece que manifestações dessa natureza, quando direcionadas à equipe de arbitragem de forma desrespeitosa, configuram violação disciplinar com punições severas, independentemente da função do agente.
