A presença de Emerson Sheik e Pablo Mouche no “Reencontro de Gigantes” ganha novo significado após o depoimento do ex-meio-campista Pepe Basualdo. Durante a coletiva de imprensa de sexta-feira (04), realizada no Mercado Livre Arena Pacaembu, o argentino explicou por que o grupo de veteranos do Boca Juniors aceitou participar da partida, mesmo após a derrota na final da Libertadores de 2012.
O evento marca o reencontro simbólico com os protagonistas daquela decisão histórica, realizada há exatos 13 anos. Pepe, que defendeu a equipe azul e ouro no passado, revelou os sentimentos que motivaram a delegação argentina a aceitar o convite.
“Bom, agora vamos ter um pouco disso de novo. Isso é o bonito do futebol. Nós sabemos, na nossa intimidade, o que é ir se trocar no vestiário. Mesmo com os companheiros com quem vamos nos trocar amanhã, que não vemos há muito tempo… ‘O que você está fazendo?’, e a gente começa a conversar porque se reencontra nesses jogos. Mas os sentimentos continuam com a gente”, afirmou o ex-jogador.
Rivalidade histórica e reconhecimento mútuo
Ao comentar sobre os momentos marcantes de confrontos entre grandes clubes sul-americanos, o argentino enfatizou o valor das vitórias emblemáticas.
“Sempre que você vence um rival importante, isso fica na história. Eu acho que todos os grandes times… Nós vencemos o São Paulo. Isso fortalece ainda mais a final. Ou quando vencemos o Palmeiras, ou a Colômbia venceu o Boca… Sempre o rival valoriza essa conquista. Aí começam todos os relatos: quanto custou passar da fase de grupos, quanto custou chegar até a final”, pontuou Basualdo ao relembrar o contexto competitivo.
Ele prosseguiu relatando o quanto as experiências vividas pelos atletas ultrapassam o que é visível aos torcedores. “Todos esses sentimentos são impagáveis para nós, porque sentimos de uma maneira que ninguém, nem a torcida sente igual. Tudo o que nós sentimos passo a passo… E falar do que ganhamos quando vencemos a final”, e completou:
“Todos os sacrifícios, os jogadores em um nível altíssimo, o técnico com uma clareza tremenda, os resultados, os sacrifícios, as viagens… Tantas coisas acontecem durante aquele torneio”, concluiu.
Ligação com a Fiel e influência de Tévez
O ex-volante também destacou a semelhança entre a torcida corintiana e a hinchada xeneize. Segundo ele, Carlos Tévez foi um elo importante nesse reconhecimento mútuo.
“Nós sabemos por Carlitos Tévez, ele sempre comentava muito sobre como era a torcida. Era muito, muito parecida com a do Boca. Ele se sentia como se estivesse no Boca”, revelou Basualdo. Ainda acrescentou que a atmosfera criada pelos torcedores é algo que os jogadores levam para a vida inteira.
Composição dos elencos e estrutura do evento
A partida entre os veteranos do Corinthians e do Boca está programada para este sábado (05), às 15h (horário de Brasília), no Mercado Livre Arena Pacaembu. A homenagem revive os momentos decisivos da Libertadores conquistada pelos brasileiros em 2012.
O elenco alvinegro conta com 14 atletas que participaram daquela campanha histórica, como Alessandro, Danilo, Leandro Castán, Paulinho, Jorge Henrique e Liedson. O treinador Tite também confirmou presença no evento comemorativo.
Do lado argentino, figuram nomes como Roberto Abbondanzieri, Flaco Schiavi, César La Paglia, Walter Erviti, Diego Rivero e o próprio Basualdo. A presença desses ídolos reforça o caráter simbólico do amistoso entre as equipes históricas de 2012.
Transmissão e acesso dos torcedores
Quatro alternativas foram disponibilizadas para acompanhar o confronto. O SBT transmite o jogo em TV aberta, no YouTube e na plataforma +SBT. A ESPN exibe em sinal fechado, enquanto os canais Desimpedidos e N Sports também transmitem gratuitamente pela internet.