Mesmo com a expressiva receita obtida com negociações em 2025, o Botafogo enfrenta desafios para consolidar seu elenco na janela de transferências do meio do ano. A diretoria já admite a possibilidade de buscar até dois zagueiros, sendo um com perfil mais experiente e outro jovem, a fim de atender às demandas do setor defensivo.
A necessidade de reposição surgiu após a saída confirmada de Jair para o futebol inglês. Essa movimentação abriu espaço para a chegada de um substituto direto, e nomes como Dantas, do Novorizontino, passaram a ser especulados. O defensor de 20 anos atende ao perfil de jovem promissor, principalmente diante da situação física de Bastos, que segue lesionado e com baixa perspectiva de utilização até o fim da temporada.
Atualmente, a zaga titular é formada por Alexander Barboza e Kaio Pantaleão, com David Ricardo sendo a principal alternativa. Pantaleão, inclusive, ganhou espaço e se destacou em partidas recentes, como no segundo tempo contra o Palmeiras, no Super Mundial de Clubes. Já David Ricardo teve bom desempenho no primeiro semestre, sobretudo enquanto Barboza estava fora por lesão.
Entretanto, apesar da reformulação em curso e das receitas elevadas — que ultrapassaram R$ 500 milhões com as vendas de jogadores como Luiz Henrique, Igor Jesus e Jair —, torcedores expressam descontentamento com os nomes contratados até aqui. Nas redes sociais, os questionamentos se intensificaram. Um dos comentários mais compartilhados resume o tom: “E o time é muito pior do que o do ano passado”. Outro torcedor afirmou: “Perdemos um finalizador nato e contratamos uma incógnita”, se referindo a Arthur Cabral.
Nesse contexto, o clube também avalia a contratação de mais um zagueiro como reforço estratégico, o que depende de eventuais novas saídas ao longo da janela. Segundo os bastidores, a prioridade no momento é o setor ofensivo, mas o sistema defensivo também está no radar, especialmente após a lesão de Bastos, que comprometeu a profundidade do setor.
A insatisfação da torcida tem sido agravada pela ausência de um treinador definitivo desde a saída de Renato Paiva, o que contribui para o cenário de instabilidade. Enquanto isso, a diretoria tenta equilibrar reforços imediatos e investimentos em jovens talentos com potencial de valorização. Afinal, o planejamento para o segundo semestre inclui competições decisivas como o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores.