O Cruzeiro escapou de uma possível dor de cabeça no mercado da bola graças à decisão do técnico Leonardo Jardim. O português, que tem se envolvido diretamente nas tratativas de reforços, vetou a contratação do volante Willian Arão, que foi oferecido ao clube mineiro. Por isso, o jogador acabou acertando com o Santos, onde foi oficialmente apresentado na última sexta-feira (4).
A sugestão pelo nome de Arão partiu de Alexandre Mattos, ex-CEO de futebol do Cruzeiro e atual dirigente do Santos. Isso porque, na época, Mattos ainda atuava em Belo Horizonte e via com bons olhos a chegada do experiente meio-campista. No entanto, a negativa de Leonardo Jardim foi decisiva para encerrar as conversas. Sendo assim, o destino do atleta mudou de rumo e ele desembarcou na Vila Belmiro semanas depois.
Arão admite condição física longe do ideal
Já com 33 anos, Willian Arão reconheceu que ainda não está em sua melhor forma. Durante a apresentação no CT Rei Pelé, o jogador explicou o motivo da falta de ritmo. “Acho que readaptação não. Eu preciso de tempo. Fazia três anos que não tirava férias. Tive recessos desde quando saí do Flamengo de 10 dias. Agora foi a primeira vez que tirei férias. Eu descansei porque precisava. Agora é questão de recondicionamento. Pegar ritmo de treinamento, conhecer os companheiros. Aí estarei pronto para ajudar o Santos”, afirmou o novo camisa 15.
Com isso, fica evidente que o Cruzeiro evitou um risco desnecessário, especialmente para uma equipe que ainda busca estabilidade na temporada. Vale destacar que o clube mineiro tem adotado uma política mais criteriosa para evitar contratações que não agreguem de imediato ao elenco.
Histórico vitorioso, mas momento delicado
Cabe ressaltar que Willian Arão tem uma carreira consolidada no futebol brasileiro. Revelado pelo Corinthians, ganhou notoriedade com as camisas do Botafogo e do Flamengo, onde foi peça fundamental nas conquistas da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Além disso, sua experiência internacional, com passagem pelo Panathinaikos, da Grécia, agrega currículo.
Dessa maneira, embora ainda seja um nome de peso, sua condição física atual e necessidade de recondicionamento justificam a decisão de Leonardo Jardim. Desse jeito, o Cruzeiro se manteve fiel ao planejamento técnico, evitando gastos que poderiam não ter retorno imediato. Portanto, o veto de Jardim foi estratégico e bem-vindo no cenário atual do clube celeste.
