Às vésperas das semifinais do Mundial de Clubes, o torneio promovido pela FIFA voltou a ser alvo de fortes críticas. Desta vez, o presidente da La Liga, Javier Tebas, reacendeu o debate com uma declaração contundente nas redes sociais. Para o dirigente espanhol, o novo modelo da competição representa um risco real ao ecossistema do futebol profissional e carrega sérias consequências para jogadores, clubes e ligas nacionais.
“Um Mundial de Clubes verdadeiramente absurdo: jogadores e ligas em desacordo, calendários destruídos e um ecossistema do futebol profissional severamente danificado […] Que Deus nos livre desses indivíduos ilógicos, por favor”, escreveu Tebas. A fala escancarou o descontentamento com o projeto da FIFA, que, segundo ele, afeta até a arrecadação com bilheteria e patrocínios.
Entenda o novo formato e os motivos da polêmica
Vale destacar que este novo formado do Mundial conta com 32 equipes e está sendo disputado ao fim da temporada europeia, com duração de um mês. Antes, o torneio era mais curto e ocorria no meio do calendário europeu, sem comprometer tanto as ligas nacionais.
Isso porque, segundo críticos como Tebas, o novo modelo invade períodos de descanso e compromete o planejamento dos campeonatos nacionais. Além disso, o presidente da La Liga mencionou problemas fiscais e logísticos enfrentados por jogadores e clubes, o que, segundo ele, só reforça o caráter “forçado” da competição.
Participação do Flamengo e sequência da temporada
Enquanto o debate esquenta nos bastidores, o Flamengo já concluiu sua participação no Mundial. Após liderar o Grupo D com vitórias sobre Espérance de Tunis e Chelsea, e empate contra o Los Angeles FC, o time de Filipe Luís foi eliminado nas oitavas ao perder por 4 a 2 para o Bayern de Munique.
Sendo assim, o foco do clube carioca volta ao Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso será contra o São Paulo, no sábado (12), às 16h30, no Maracanã. Por isso, o técnico prepara ajustes na equipe em busca de retomada no cenário nacional.
Dessa maneira, enquanto a FIFA defende a expansão global do torneio, dirigentes como Tebas alertam para os riscos. Com isso, a discussão sobre o verdadeiro impacto do novo Mundial segue em campo e nos bastidores.
