A coroação de Virgínia Fonseca como rainha de bateria da Grande Rio gerou debates intensos no cenário carnavalesco. Em meio à repercussão, Adriane Galisteu decidiu se manifestar publicamente em apoio à influenciadora, rebatendo críticas e reforçando sua defesa da liberdade de participação na folia carioca.
Atualmente à frente da bateria da Unidos da Tijuca, Galisteu é figura consolidada no Carnaval. Com experiência de desfiles anteriores, ela aproveitou sua participação na série documental Barras Invisíveis para expressar sua visão sobre o espaço das personalidades no samba. Segundo ela, a festa deve acolher diferentes perfis, sem imposições ou limitações arbitrárias.
Ao comentar a escolha de Virgínia para a Grande Rio, Galisteu foi enfática ao destacar a legitimidade da presença da influenciadora: “É genuíno que ela esteja lá. Por que não?”. Para a apresentadora, a escolha por parte da escola fluminense segue uma tradição do Carnaval em abrir espaço para nomes de fora do circuito tradicional do samba.
Entretanto, Galisteu também criticou o que considera um excesso de patrulhamento ideológico na festa popular. “Não existe essa censura, essa chatice, uma militância onde não combina a militância. Se tem um lugar que não combina essa bandeira, é no Carnaval”, declarou, apontando que a essência do evento pode se perder diante de debates excludentes.
A defesa foi acompanhada de uma afirmação sobre seu próprio espaço no samba: “Meu lugar também é no Carnaval. Aliás, meu lugar é onde eu bem quiser estar”. Com isso, ela reforçou que nem ela nem outras figuras públicas devem ter sua participação questionada com base em critérios subjetivos.
Além de Galisteu, outras vozes se manifestaram. Viviane Araújo, considerada uma das mais tradicionais rainhas de bateria, adotou tom conciliador ao comentar a entrada de Virgínia. “A escola, Grande Rio, convidou ela e… Não sou contra. Como sempre falei, Carnaval é pra todo mundo”. Ainda assim, a atriz mencionou que entende o desconforto de quem acompanha a agremiação há mais tempo.
A coroação de Virgínia, anunciada recentemente, marca a estreia da influenciadora na avenida. Apesar da ausência de envolvimento anterior com o samba, ela foi escolhida para ocupar um dos cargos mais simbólicos do Carnaval carioca, o que gerou reações divididas entre os torcedores das escolas e o público em geral.
