quinta-feira, agosto 21, 2025
17.5 C
São Paulo

Como single famoso mudou os rumos da carreira de Tiago Iorc

Após o êxito nacional com a faixa “Amei Te Ver”, lançada em 2015, Tiago Iorc optou por interromper sua trajetória artística em 2018. O artista, de 39 anos, alegou que a intensa repercussão do hit resultou na perda do prazer de exercer sua vocação musical. Conforme relatado em entrevista ao programa “Sem Censura”, exibido pela TV Brasil, a fama repentina causou um esgotamento que o levou a se distanciar completamente dos palcos.

Exposição excessiva e mudança de rotina

Durante o auge da canção, em 2016, o cantor se viu mergulhado em compromissos incessantes. “Foi assim de fazer tudo, absolutamente tudo. Todos os programas de televisão, muito show, muita entrevista, muita vida, muita viagem, muito tudo”. Ele ainda explicou que, embora sempre tenha mantido os pés no chão, a avalanche de oportunidades o envolveu de forma inesperada.

A decisão de se ausentar foi anunciada nas redes sociais, e o destino escolhido para o recomeço pessoal foi Los Angeles, nos Estados Unidos. Na ocasião, o retorno ao trabalho artístico não tinha qualquer previsão.

Reflexão e perda de sensibilidade artística

Ao relembrar o que sentiu durante o período de maior exposição, Iorc compartilhou sua dificuldade em lidar com a fama repentina: “Naquele momento em que eu ‘aconteci’, em que eu percebi, de fato, em 2016, existia uma piada assim que você abria a torneira e estava tocando Amei Te Ver. Foi realmente uma exposição que eu nunca tinha vivido. Assim, de repente, o mundo inteiro te quer, todo mundo quer um pedaço, todo mundo quer fazer coisas”.

No mesmo relato, ele afirmou que o excesso de estímulos acabou por desgastar sua relação com a música. “A percepção que eu tenho hoje do que eu vivi é: sabe quando você estimula demais uma coisa? Você perde a sensibilidade, perde o prazer daquilo. Então eu estava assim”.

Dúvidas profissionais e desejo de mudança

O cantor admitiu que chegou a cogitar abandonar completamente a carreira. Em tom sincero, descreveu o conflito que enfrentou: “A sensação que eu tinha, naquele momento, era que eu queria fazer qualquer coisa menos ser músico, menos cantar… Eu olhava para uma pessoa fazendo suco numa loja e dizia: ‘eu quero fazer isso aí um pouco, sabe?’”.

Ainda segundo ele, o entendimento sobre esse esgotamento emocional veio somente depois. “Na época que parei eu não tinha essa clareza. A única sensação que eu tinha é que não tinha mais prazer. Eu estava insensível com aquilo. Naquele momento eu sentia que isso aqui que é o meu prazer desde sempre deixou de ser um prazer… Tem alguma coisa que está equivocada nisso e eu preciso entender”.

Repercussão e retorno cauteloso

Atualmente, o músico revisita essas memórias com distanciamento emocional e maior compreensão. A participação no “Sem Censura” marca um ponto de reflexão e exposição pública sobre um capítulo crucial de sua jornada pessoal e profissional.