Em um momento de contenção e cautela, o Corinthians adota uma estratégia diferente para reforçar o caixa e tenta evitar a venda de atletas considerados essenciais. A meta financeira para 2025 está traçada: arrecadar R$ 105 milhões com transferências.
No entanto, em vez de negociar nomes como Yuri Alberto ou Breno Bidon, o clube aposta em receitas futuras vindas de ex-jogadores com quem ainda mantém participação nos direitos econômicos.
Dessa maneira, a diretoria mira o mercado internacional em busca de oportunidades lucrativas, mesmo que indiretamente.
Murillo pode protagonizar maior venda da história do Nottingham
Entre os ativos mais promissores, o zagueiro Murillo, atualmente no Nottingham Forest, é o nome que desperta maior expectativa. O Corinthians detém 10% dos direitos econômicos do defensor, que vem sendo especulado em clubes de ponta da Inglaterra e da Espanha.
Vale destacar que o Nottingham planeja fazer com ele a maior venda de sua história. Contudo, o fato de a equipe inglesa disputar pela primeira vez uma competição continental, a Conference League, pode adiar uma eventual negociação. Ainda assim, o potencial de valorização é real.
Filhos do Terrão seguem rendendo frutos fora do clube
Além de Murillo, outros ex-jogadores formados no Parque São Jorge podem colaborar com a meta corintiana. Pedro, atacante do Zenit e destaque nas seleções de base, tem 30% de seus direitos vinculados ao Timão. Já Felipe Augusto, centroavante do Cercle Brugge, encerrou a temporada em alta e também pode render valores, o clube detém 20% de seus direitos.
Outro nome em evidência é o zagueiro Robert Renan, também no Zenit. O defensor estaria na mira do Wolverhampton, a pedido de Vítor Pereira, e o Corinthians mantém 11% dos direitos em uma eventual venda. Com isso, qualquer movimentação pode representar um alívio financeiro importante.
Negócios silenciosos também podem surpreender
Cabe ressaltar que o clube também mantém fatias de outros atletas menos midiáticos, como Guilherme Biro (50%, no Sharjah), Vitor Meer (30%, no Apoel), Adryan (40%, no Santos) e Beto (30%, no Juventude). Além disso, o Corinthians lucra com o mecanismo de solidariedade da FIFA, recebendo entre 1% e 2% em transferências de jogadores formados no clube.
Portanto, mesmo que discretamente, o Timão aposta nessas movimentações para atingir sua meta sem comprometer o elenco atual. Isso porque, em tempos de crise, cada percentual faz diferença.


