O torcedor atleticano já percebeu que o momento do clube não é apenas de desafios dentro das quatro linhas. Fora delas, a crise financeira do Atlético-MG voltou ao centro do debate. E quem trouxe à tona os detalhes foi o atacante Rony, em entrevista concedida ao podcast “Bica Galo”, na última quinta-feira (10).
O camisa 33 falou abertamente sobre os salários atrasados, revelando que os jogadores esperavam uma resposta da diretoria, o que finalmente aconteceu nos últimos dias.
“Tivemos uma reunião com o diretor Bruno [Muzzi], que passou detalhes da dificuldade que o clube está tendo. Entendemos a realidade do clube. Só queríamos uma explicação para se programar porque também precisamos pagar as contas”, declarou o jogador.
Reuniões, promessas e confiança na SAF
O atraso nos vencimentos dos atletas, que deveriam ter sido quitados no dia 5 de julho, ainda se estende aos direitos de imagem, com pendências desde o fim de junho. Sendo assim, a conversa com a diretoria serviu como alívio momentâneo para o grupo.
Rony, inclusive, reforçou o voto de confiança na gestão da SAF: “Acreditamos na SAF, no diretor que foi lá conversar e deu a cara à tapa, e no processo”.
Comprometimento mesmo diante das incertezas
Além disso, o jogador destacou que os problemas financeiros não interferirão no desempenho da equipe dentro de campo.
“Temos que acreditar que tudo vai se resolver, se encaixar, mas sabendo que nós atletas não podemos trazer isso para dentro de campo”, afirmou.
Clube reconhece dificuldades, mas nega reflexo em todos os setores
O diretor de comunicação do Atlético, Domenico Bhering, confirmou em entrevista ao jornal O Tempo que o clube enfrenta dificuldades. Contudo, garantiu que os demais funcionários estão recebendo normalmente. Isso porque, segundo ele, os altos salários do elenco dificultam uma quitação imediata.
Cabe ressaltar que, com isso, a SAF do Galo corre contra o tempo para captar recursos e estabilizar a situação. Portanto, a confiança pública dos jogadores pode ser o fator de equilíbrio enquanto as soluções não chegam.
