Após meses de resistência diante do assédio internacional, o Palmeiras passou a analisar com mais abertura as propostas recebidas por Richard Ríos. O volante de 25 anos, em alta no mercado europeu, teve seu nome monitorado por diversos clubes, mas o clube paulista vinha impondo resistência quanto à liberação.
Agora, entretanto, a diretoria entende que o momento é oportuno para avaliar os valores apresentados e ponderar uma possível transferência na janela de transferências do meio do ano.
Até então, o discurso da cúpula era pautado na manutenção do elenco e no cumprimento integral do contrato, que vai até dezembro de 2028. No entanto, a excelente campanha no Mundial de Clubes e o desempenho de Ríos nas últimas competições alteraram a perspectiva do clube, que admite a possibilidade de venda caso os números cheguem ao patamar desejado.
Clubes interessados e valores envolvidos
Com o avanço das sondagens, a Roma se apresentou como principal interessada e ofereceu 25 milhões de euros (R$ 162,6 milhões), conforme informou o jornalista Gianluca Di Marzio. Apesar disso, o Palmeiras ainda busca uma proposta na casa dos 30 milhões de euros (R$ 195,1 milhões), valor considerado mais justo pela diretoria para dar sequência à negociação.
Além do clube italiano, Inter de Milão, Porto, Atlético de Madrid e Nottingham Forest também procuraram o estafe do jogador. A valorização obtida após o torneio intercontinental intensificou as tratativas. Internamente, o entendimento é de que o cenário financeiro atual do mercado sul-americano exige propostas fora do padrão para que uma venda seja concretizada.
Estrutura contratual e posição da diretoria
A mudança de posicionamento ocorre mesmo com a segurança contratual em mãos. O Palmeiras detém 70% dos direitos econômicos do atleta, adquirido em 2023 por R$ 7,5 milhões. Os 30% restantes pertencem ao Guarani (13,34%) e ao próprio jogador (10%).
A cláusula de rescisão está estipulada em 100 milhões de euros (R$ 650 milhões), valor que confere margem para negociação sem pressão externa.
Questionada sobre o tema, Leila Pereira se manifestou de forma objetiva: “Para ser negociado, precisa do interesse do atleta, do Palmeiras e algum interessado. Se não tiver interesse de alguma parte, o negócio não sai. Me baseio nos contratos em vigor”.
Planejamento interno e situação no elenco
Enquanto analisa as propostas recebidas, o clube trabalha com cautela para não comprometer o desempenho no restante da temporada. A comissão técnica e a diretoria monitoram o mercado em busca de um possível substituto, embora nenhum nome tenha sido definido. O setor de futebol acompanha possibilidades em ligas do Brasil, da América do Sul e da Europa.
O atleta permanece integrado ao grupo e segue à disposição para os compromissos no Campeonato Brasileiro. O confronto contra o Mirassol, marcado para quarta-feira (16), às 19h, no Allianz Parque, deve contar com a presença do colombiano entre os titulares.
