O Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians deu um passo significativo em busca de transparência institucional. Na última segunda-feira (14), em reunião no Parque São Jorge, os conselheiros aprovaram, por unanimidade, o envio de um pedido formal à Comissão de Ética do clube para apuração de um possível vazamento de informações sigilosas.
A decisão surge após uma série de episódios que levantaram suspeitas internas. Isso porque, documentos delicados, como o contrato do atacante Memphis Depay e faturas antigas relacionadas ao cartão corporativo, acabaram expostos fora do ambiente institucional. Dessa maneira, o Cori entende que o caso ultrapassou o limite da informalidade e precisa ser investigado com rigor.
Vale destacar que foram citados nominalmente no pedido de investigação os seguintes nomes ligados à antiga gestão: Augusto Melo (presidente afastado), Pedro Silveira (ex-diretor financeiro), Luiz Ricardo Alves (ex-gerente financeiro), Josué Lopes (auditor financeiro) e Dayna Barossi (assessora direta de Melo).
Medida busca preservar credibilidade e governança
Sendo assim, o objetivo do Conselho é preservar a integridade do clube e restabelecer a confiança entre dirigentes, associados e torcedores. Por isso, a expectativa é de que a Comissão de Ética atue com independência e agilidade no processo.
Além disso, o histórico recente do Corinthians tem sido marcado por disputas políticas intensas, o que torna ainda mais relevante o papel do Cori neste momento. Cabe ressaltar que, em um caso anterior, o mesmo conselho já havia encaminhado apuração sobre os gastos pessoais do ex-presidente Andrés Sanchez com o cartão do clube.
Com isso, o Corinthians tenta reafirmar seu compromisso com a ética e o bom uso de seus recursos. O Cori é presidido por Miguel Marques e Silva e formado por membros natos e trienais que representam diferentes alas do clube.
Portanto, o desenrolar desta investigação interna será um teste importante para os rumos políticos e administrativos do Timão nos próximos meses.