O mercado da bola segue agitado, e no Flamengo, as movimentações, ou a falta delas, estão aumentando a pressão sobre José Boto, diretor de futebol do clube. Embora a chegada do espanhol Saúl e a negociação avançada com Carrascal indiquem esforço por reforços, o desequilíbrio entre saídas e contratações levanta dúvidas sobre o planejamento rubro-negro.
Vale destacar que a perda de Gerson ainda não foi devidamente preenchida, e o lateral Wesley também está perto de se despedir. Além disso, uma série de lesões recentes tem exposto as limitações do elenco. Por isso, a torcida e até o técnico Filipe Luís demonstram ansiedade. Após a vitória suada sobre o Fluminense, o treinador foi claro: queria reforços “para ontem”.
Silêncio de Boto e ruídos nos bastidores
Enquanto a diretoria enfrenta dificuldades em avançar com nomes de impacto, José Boto mantém postura discreta diante da imprensa. Após atuar com visibilidade no Mundial de Clubes, o português se recolheu, mesmo com temas espinhosos ganhando força, como o episódio de tensão com Pedro.
Cabe ressaltar que o atacante voltou a marcar, mas não esconde o incômodo após o vazamento de mensagens sobre seu futuro. Isso porque não houve qualquer retratação pública da direção, e o clima segue de tensão velada.
Sendo assim, o trabalho de Boto está sendo avaliado de forma crítica, ainda que não haja, por ora, movimentação para sua saída. Com isso, o desgaste interno se torna mais visível.
Recuos, indefinições e desgaste no elenco
O Flamengo também coleciona recuos no mercado. A contratação de Mikey Johnston foi vetada após má repercussão e alerta médico. Já as negociações por Victor Hugo e Matheus Gonçalves foram freadas após mudança de avaliação interna.
Dessa maneira, o clube vê até jovens como Matheus Cunha, goleiro promissor, buscar novos rumos, já com pré-contrato assinado com o Cruzeiro. Varela, com renovação emperrada, também pode sair.
Desse jeito, o Flamengo vai perdendo tempo e espaço no mercado, e José Boto sente cada vez mais o peso das decisões, ou da ausência delas. Porque, no futebol, a janela não espera. Portanto, ou as respostas chegam logo, ou a pressão se transforma em ruptura.