A diretoria do Botafogo confirmou o empréstimo do volante Patrick de Paula ao Estoril, de Portugal, até junho de 2026. Revelado pelo Palmeiras e contratado pelo clube carioca em 2022, o jogador chegou como grande investimento da gestão SAF, mas não conseguiu se firmar entre os titulares. A negociação atual foi viabilizada com o intuito de dar novos rumos à carreira do atleta e abrir espaço no elenco alvinegro.
O contrato com o Estoril conta com uma cláusula estratégica. Apesar do vínculo atual com o Botafogo se encerrar no mesmo mês do fim do empréstimo, o clube incluiu uma opção de estender esse prazo por mais um ano. Dessa forma, o Alvinegro poderá, caso deseje, acionar a renovação automática e manter os direitos do jogador até junho de 2027.
Essa possibilidade de prorrogação foi articulada justamente para evitar a perda do atleta sem qualquer retorno esportivo ou financeiro. Conforme divulgado, há expectativa interna de que essa definição sobre o futuro do jogador possa ocorrer já no início de 2026. Ainda assim, a renovação contratual não é obrigatória e dependerá da avaliação do desempenho de Patrick no futebol português.
Patrick de Paula teve trajetória marcada por altos e baixos no Botafogo. Contratado por R$ 33 milhões, foi o primeiro grande nome da era SAF e chegou cercado de expectativa. Entretanto, uma grave lesão em 2023 o afastou por quase um ano dos gramados, interrompendo sua evolução. Na sequência, perdeu espaço e foi cedido ao Criciúma antes de retornar ao Rio de Janeiro na atual temporada.
No elenco comandado por Renato Paiva, o volante foi utilizado em 21 partidas em 2025, sendo 14 delas como titular, e marcou quatro gols. A última vez em que esteve em campo foi em 22 de maio, pela Copa do Brasil. Desde então, perdeu espaço e passou a treinar em horários alternativos, fora dos planos do técnico e da comissão.
A decisão pelo empréstimo reflete o atual momento do clube, que tenta reorganizar o grupo de jogadores com base em critérios técnicos e de planejamento. “A gestão trabalha em conjunto com a comissão técnica para qualificar e fortalecer o elenco”, destacou o clube, que enxerga na movimentação uma oportunidade de equilibrar o elenco e abrir espaço para novos reforços.
Apesar do contexto de saída, o Botafogo não fechou as portas para um possível retorno do meio-campista. A cláusula de prioridade dá ao clube controle sobre o futuro do atleta, enquanto Patrick terá a chance de retomar sua melhor forma em solo europeu, longe da pressão imediata do futebol brasileiro.
