A vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fluminense, de virada, no Maracanã, chamou atenção não apenas pelo resultado, mas principalmente pela repercussão pós-jogo. Ao final da partida, o técnico Abel Ferreira surpreendeu ao demonstrar solidariedade ao elenco tricolor e, de forma contundente, condenou as vaias vindas da arquibancada.
“Fico muito triste, desiludido e reflexivo”
Durante a coletiva, Abel não economizou palavras ao comentar a insatisfação da torcida do Fluminense. Embora a vitória palmeirense tenha vindo após dois erros graves da defesa adversária, o foco do treinador estava no que aconteceu fora das quatro linhas.
“Olha, a torcida do Fluminense que me perdoe, é uma opinião pessoal, mas eu fico muito triste, desiludido e reflexivo”, afirmou o treinador. Ele fez questão de lembrar a trajetória recente do Tricolor na Copa do Mundo de Clubes, quando a equipe representou o Brasil com destaque.
Isso porque, segundo Abel, a mesma torcida que hoje vaia os jogadores foi a que os recebeu com festa no aeroporto. Por isso, ele acredita que o papel do torcedor é o de apoiar, principalmente em momentos difíceis.
“O torcedor tem uma função, é apoiar. É a maior função do torcedor, ainda mais uma equipe que teve a participação que teve no Mundial”, completou.
Apoio inesperado e recado direto
Cabe ressaltar que não é comum um técnico adversário se posicionar de forma tão clara sobre a torcida do rival. Abel, no entanto, deixou claro que sua fala vem de um olhar mais humano do futebol, além da rivalidade.
Vale destacar que o Palmeiras conquistou a vitória com autoridade, aproveitando os erros defensivos do Fluminense, mas sem ignorar a qualidade do adversário.
Dessa maneira, o português reforça a importância de equilíbrio entre paixão e razão. Com isso, o debate sobre o papel da torcida, especialmente nos momentos de instabilidade, ganha ainda mais relevância. Desse jeito, a crítica se transforma em reflexão para todos os lados do futebol.