Quem viu a movimentação intensa na região Oeste de Belo Horizonte na noite de quarta-feira (23) talvez não imaginasse o motivo: uma reunião da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético-MG, terminou em pancadaria, correria e presença da Polícia Militar.
O caso aconteceu na sede da torcida, no bairro Camargos, e envolveu cerca de 200 participantes. Vale destacar que vídeos obtidos pela Itatiaia mostram o exato momento em que a PM chega ao local após a confusão se espalhar pela rua.
Dessa maneira, o episódio acende um alerta sobre disputas internas e conflitos entre membros da organizada. O Boletim de Ocorrência confirma que a briga começou logo após o fim da reunião. Sendo assim, viaturas foram acionadas, mas, quando os militares chegaram, os torcedores já haviam se dispersado. Por isso, ninguém foi preso ou conduzido à delegacia.
Ex-líder é apontado como pivô do tumulto, mas segue foragido
Segundo relatos de testemunhas à polícia, a confusão teria sido incitada por um ex-líder da Galoucura. Ele estaria incentivando membros da filial de Ibirité, na Grande BH, a confrontar torcedores de outras regiões em que a torcida também atua. Isso porque, ao que tudo indica, há um racha entre facções internas da organizada.
Com isso, o ambiente, que deveria ser de alinhamento e fortalecimento da torcida, tornou-se palco de rivalidade e insegurança. A Polícia Civil já abriu investigação para apurar os fatos e identificar os envolvidos. Cabe ressaltar que o ex-líder citado não foi localizado até o momento.
Reunião entre membros da Galoucura termina em confusão e mobiliza PM na região Oeste de BH
— Itatiaia (@itatiaia) July 24, 2025
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Torcidas organizadas e os limites da rivalidade
Além disso, o episódio reacende o debate sobre os limites da atuação de torcidas organizadas no futebol brasileiro. Porque, embora essas entidades desempenhem um papel cultural e de apoio aos clubes, casos como este mostram o quanto conflitos internos e lideranças descontroladas podem colocar a ordem pública em risco.
Portanto, é fundamental que as autoridades tratem o caso com rigor. Desse jeito, evita-se que novas reuniões acabem em violência e que o futebol mineiro, novamente, tenha sua imagem manchada por episódios fora dos gramados.