A atuação do árbitro Flavio Rodrigues de Souza no empate entre Internacional e Vasco, realizado no domingo (27 de julho) no Beira-Rio, gerou fortes reações por parte do clube carioca. A principal queixa ocorreu após a expulsão do goleiro Léo Jardim, que recebeu o segundo cartão amarelo por retardar a retomada da partida, o que alterou o rumo do jogo válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O arqueiro vascaíno, que vinha sendo peça-chave para manter a vantagem cruz-maltina no placar, foi advertido pela segunda vez aos 41 minutos do segundo tempo. A saída forçada de Léo obrigou o técnico Fernando Diniz a sacar o atacante Nuno Moreira para a entrada do goleiro reserva Daniel Fuzato. Pouco depois, o Internacional chegou ao empate com gol de Carbonero.
Antes desse confronto, o Vasco já havia demonstrado insatisfação com a arbitragem no empate por 1 a 1 diante do Grêmio, em São Januário. Conforme avaliação interna, decisões controversas em ambas as partidas tiraram quatro pontos da equipe nas duas últimas rodadas, fator que motivou a diretoria a acionar formalmente a CBF.

Dessa forma, o clube protocolará nesta segunda-feira (28 de julho) uma nova representação na Comissão de Arbitragem da entidade. O pedido inclui o afastamento imediato de Flavio Rodrigues de Souza do quadro de arbitragem, alegando prejuízos reincidentes não apenas ao Vasco, mas ao andamento geral do campeonato.
Através de nota oficial, a direção do Vasco cobrou providências urgentes da CBF quanto à conduta do árbitro. Em um dos trechos mais incisivos do documento, o clube questiona:
“Será que é só erro ou incompetência? Quando os equívocos da arbitragem se repetem e tiram, de forma direta, quatro pontos consecutivos do Vasco da Gama, essa pergunta precisa ser respondida, com urgência, por quem comanda a arbitragem brasileira.”
Ainda no comunicado, a instituição destaca o impacto dessas decisões no ambiente esportivo como um todo:
“O afastamento do árbitro Flavio Rodrigues de Souza deve ser imediato ou iremos continuar acumulando um histórico de decisões polêmicas e recorrentes prejuízos a clubes e ao bom andamento do campeonato. Se isso não ocorrer, mina-se a confiança de atletas, profissionais, torcedores e investidores.”
Por fim, o Vasco reafirmou que seguirá exigindo mudanças no sistema de arbitragem nacional, encerrando o texto com um apelo à essência do jogo:
“Porque futebol se decide na bola, e não no apito.”
Com a suspensão automática de Léo Jardim, o goleiro está fora do próximo jogo do Brasileirão, contra o Mirassol, marcado para sábado (2 de agosto), às 18h30 (horário de Brasília), no estádio Campos Maia. Antes disso, o clube encara o CSA pela Copa do Brasil, na quarta-feira (30 de julho), às 19 horas (horário de Brasília), no estádio Rei Pelé, em Maceió.