A ex-assistente de palco Juliana Oliveira optou por adiar o processo cível contra o SBT, relacionado a um episódio de assédio sexual supostamente praticado pelo apresentador Otávio Mesquita. A informação foi divulgada na segunda-feira (28 de julho) e confirmada pelos portais Famosos e Celebridades e Metrópoles.
Segundo o advogado da humorista, a prioridade atual é conduzir o processo criminal referente ao episódio ocorrido em uma gravação do programa The Noite, em 25 de abril de 2016. “Vamos resolver primeiro a questão criminal e só depois disso entraremos com as ações indenizatórias contra a emissora”, afirmou o representante legal de Juliana.
De acordo com os relatos publicados nos dois veículos, o apresentador teria apalpado partes íntimas da artista enquanto ela o ajudava a retirar equipamentos de segurança no palco. Além disso, teria simulado movimentos sexuais ao segurá-la com as pernas e empurrá-la sobre um sofá. A gravação foi transmitida pelo SBT e segue disponível em plataformas de vídeo.
O conteúdo ainda inclui falas captadas durante a exibição. Conforme publicou o Famosos e Celebridades, Danilo Gentili comentou: “Juliana está fazendo cara feia, mas eu sei que ela gostou”. Na sequência, Mesquita declarou: “Eu vou falar uma coisa para você que na sua história, fora os seus namorados, ninguém fez. Sem querer, eu dei uma apertada nas peitocas dela… é durinho, é durinho”.
Juliana afirmou aos veículos que tentou denunciar o caso internamente ao SBT em pelo menos duas oportunidades, mas não obteve resposta. A emissora, por sua vez, negou omissão e declarou ter adotado “todas as medidas cabíveis” quando informada dos fatos.
Ainda conforme apuração dos dois portais, a artista permaneceu no elenco do The Noite até fevereiro de 2024 e foi posteriormente transferida para o programa Chega Mais, que saiu do ar em novembro do mesmo ano. Ela foi demitida em fevereiro de 2025.
Atualmente, Otávio Mesquita segue no ar com um programa diário no SBT. Em entrevista ao Famosos e Celebridades, o apresentador negou as acusações e alegou motivação pessoal: “É um absurdo [essa acusação]. Aquilo foi gravado. Ela demorou nove anos e só fez isso agora porque foi demitida e está chateada”.
O inquérito segue em andamento na Polícia Civil de São Paulo, e a defesa de Juliana Oliveira pretende acionar a Justiça em outras frentes somente após a conclusão do processo criminal.
