Durante o programa da ESPN, o ex-zagueiro Diego Lugano fez um raro elogio à arbitragem ao comentar a expulsão do goleiro Léo Jardim, do Vasco, no empate por 1 a 1 com o Internacional.
Conhecido por suas críticas contundentes e posicionamentos firmes, Lugano não poupou palavras ao contextualizar sua opinião. “Primeira vez na vida, com muita dor no coração, que vou estar de acordo com o juiz”, iniciou.
Crítica à cultura do “fingimento” no futebol moderno
Lugano aproveitou o gancho do lance para expor uma visão mais ampla sobre os bastidores do futebol atual. “A mesma hipocrisia que temos na sociedade, temos no futebol”, disparou.
Segundo ele, atitudes como fingir dor, cera e fair play encenado fazem parte de um “acordo silencioso” entre jogadores, árbitros e até a imprensa.
Por isso, o ex-capitão da seleção uruguaia defendeu a decisão do árbitro em punir o goleiro vascaíno. Cabe ressaltar que, na visão de Lugano, o comportamento rotineiro de jogadores em situações assim compromete a credibilidade do jogo.
Além disso, ele apontou o impacto negativo desse tipo de lance para quem assiste ao futebol sem paixão, afirmando que isso “faz com que o futebol seja talvez o esporte mais feio de assistir”.
Lugano, na ESPN, concorda com expulsão de Léo Jardim em Internacional 1×1 Vasco: ‘A mesma hipocrisia que temos na sociedade, temos no futebol’.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) July 29, 2025
“Primeira vez na vida, com muita dor no coração, que vou estar de acordo com o juiz. Futebol é resumo da sociedade. A mesma hipocrisia… pic.twitter.com/zUT2mynaXr
Solução ousada: proposta inspirada no modelo americano
Sendo assim, Lugano foi além da crítica e sugeriu mudanças práticas. “Tem que fazer igual no futebol dos Estados Unidos e como estamos tentando fazer no Uruguai para o próximo ano: o goleiro ou jogador que ficou mais de 15, 20 segundos no chão, vai para fora e entra o reserva.”
Dessa maneira, segundo ele, cairia por terra a necessidade de simulações e discursos moralistas. Com isso, o jogo ganharia mais dinamismo e honestidade.
Vale destacar que as falas de Lugano ecoaram com força entre torcedores e especialistas, justamente porque colocam em pauta uma discussão antiga: o quanto o futebol está disposto a se reinventar.