Deborah Secco revelou episódios marcantes de sua carreira durante entrevista ao programa De Frente com Blogueirinha, exibido na segunda-feira (28). Ao comentar sobre a personagem Íris, da novela Laços de Família (2000), a atriz surpreendeu ao contar que chegou a ser agredida fisicamente por pessoas que não distinguiam ficção da realidade.
Segundo ela, o envolvimento do público ultrapassava os limites esperados: “Eu apanhei na rua várias vezes […] Eu saía no supermercado e as pessoas me batiam”. A artista ainda completou que “as pessoas não separavam personagem de atriz” e descreveu a repercussão como um “fenômeno”.
A personagem Íris, que antagonizava diretamente Camila (interpretada por Carolina Dieckmann), dividia opiniões. “Tinha muita gente que amava a Íris. Mas tinha muita gente que odiava”, lembrou Deborah. Em tom bem-humorado, ela ainda relembrou a reação do público após a icônica cena da raspagem de cabelo da protagonista:
“A Carolina Dieckmann raspou a cabeça, e no dia seguinte a Íris entra e fala: ‘Ai, tá careca’. Aí, eu saía no supermercado, as pessoas me batiam. Verdadeiramente”.
Relação com autoestima e padrões estéticos
No mesmo bate-papo, Deborah abordou sua trajetória diante das câmeras e os impactos da pressão estética sobre sua autopercepção. Apesar de décadas de reconhecimento artístico, ela confessou que apenas recentemente passou a se sentir confortável com sua aparência. “Tem dois anos que me sinto bonita”, declarou.
Ela revelou que durante muito tempo evitava situações cotidianas, como frequentar a praia, por vergonha da própria imagem. “Deixava de ir à praia, com vergonha, porque eu falava: ‘A foto da revista [está] toda retocada e eu pessoalmente sou toda ruim’”. Em seguida, reforçou: “É tudo uma mentira, todo mundo é imperfeito”.
A atriz explicou que as comparações com imagens editadas influenciaram negativamente sua relação com o corpo e com a autoestima, especialmente no início da carreira. “Fui muito afetada”, desabafou.
Postura atual e visões sobre liberdade afetiva
Atualmente, Deborah apresenta o reality Terceira Metade, voltado para casais não monogâmicos em busca de novos arranjos afetivos. Questionada sobre sua opinião pessoal, ela respondeu com naturalidade: “Eu sou uma pessoa livre, que olha com muita empatia para as escolhas dos outros, mesmo que elas sejam diferentes da minha. Cada pessoa se relaciona da forma que quer”.
Deborah reforçou sua visão de que a liberdade individual deve prevalecer nas relações. Sua fala demonstrou respeito pela diversidade de escolhas no campo afetivo, condizente com a postura aberta que costuma adotar em debates públicos sobre comportamento e sentimentos.
