O Flamengo protagonizou uma das janelas de transferências mais intensas do futebol brasileiro em 2025. Entre junho e julho, o clube desembolsou R$ 277 milhões com reforços internacionais, voltados a suprir saídas e elevar o nível técnico do elenco.
Embora o clube mantenha um histórico de prudência financeira, o cenário recente evidenciou uma mudança de postura, priorizando nomes de destaque na Europa. Esse movimento representou um acréscimo considerável nos investimentos em relação ao orçamento inicialmente aprovado para a temporada.
A diretoria optou por acelerar as negociações após as vendas de Gerson e Wesley, que abriram espaço no elenco e garantiram importante receita. O valor total investido não inclui comissões ou bonificações salariais, considerando apenas as quantias repassadas aos clubes estrangeiros.
As tratativas envolveram quatro atletas: Samuel Lino, Jorge Carrascal, Emerson Royal e Saúl Ñíguez, sendo este último o único a chegar sem custos de transferência.
Detalhamento dos gastos com cada contratação
Samuel Lino foi adquirido junto ao Atlético de Madrid por R$ 143 milhões, consolidando-se como a contratação mais onerosa do elenco e uma das maiores da história do clube. A operação inclui cláusulas de bônus por desempenho.
Jorge Carrascal, contratado do Dínamo de Moscou, teve custo de R$ 77 milhões. Emerson Royal, ex-Tottenham, chegou por R$ 57 milhões. Já Saúl Ñíguez foi integrado ao elenco sem taxa de transferência, embora com contrato que prevê luvas e salário compatível com padrões europeus.
Conforme os registros financeiros, o total gasto pelo Flamengo na atual janela corresponde a R$ 277 milhões. Os valores foram confirmados pelo próprio clube, por meio de reportagens especializadas que acompanharam de perto cada negociação.
Os investimentos ocorreram em um momento de estabilidade econômica, sustentado por receitas provenientes de vendas e premiações recentes.
Contexto orçamentário e impacto nas finanças
A projeção inicial da diretoria, conforme planejamento divulgado internamente, estipulava um teto de 25 milhões de euros (cerca de R$ 162 milhões) para reforços em toda a temporada. Ainda assim, o clube extrapolou essa previsão.
A necessidade de aprovação de uma suplementação orçamentária junto ao Conselho Deliberativo já é tratada como um procedimento formal, diante do superávit alcançado com transferências anteriores.
O cenário começou a se desenhar a partir da recusa à contratação de Mikey Johnston, atacante irlandês da segunda divisão inglesa. A repercussão negativa sobre esse possível reforço forçou uma mudança de rota e reacendeu a pressão sobre a cúpula de futebol.
A partir disso, o clube direcionou os esforços a nomes consolidados no mercado europeu, alterando o perfil das aquisições e o patamar de investimento.
A reestruturação do elenco ainda pode incluir novas investidas, embora a expectativa seja de menor atividade nos últimos dias de mercado. A prioridade, agora, é consolidar o grupo à disposição de Filipe Luís para a sequência do Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.