A repercussão do julgamento envolvendo Dudu, atacante do Atlético-MG, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ganhou um novo e controverso capítulo.
Defesa contesta julgamento e aponta vício processual
Durante a sessão que analisa a conduta do jogador, a advogada de defesa declarou: “Seria misoginia se ele tivesse falado: ‘vai trabalhar na cozinha’”. A fala rapidamente viralizou nas redes sociais e reacendeu o debate sobre os limites entre crítica e discriminação de gênero.
Advogada de Dudu sobre o 'VTNC' do atacante para Leila Pereira, presidente do Palmeiras:
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) July 31, 2025
“Seria misoginia se ele tivesse falado: ‘vai trabalhar na cozinha’.”
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A defesa do jogador entrou com nova petição no STJD na tentativa de anular a suspensão de seis jogos. O argumento central é a suspeita de vício no julgamento, isso porque a relatora do caso, Renata Mendonça, publicou uma foto ao lado das advogadas de Leila Pereira minutos antes da audiência.
Para os advogados de Dudu, a imagem sugere possível prejulgamento e envolvimento pessoal na causa.
Além disso, a defesa criticou o uso do termo misoginia no processo, afirmando que ele estaria sendo banalizado.
“Ao invés de fortalecer o combate ao machismo, o presente procedimento acaba por enfraquecê-lo”, diz o documento, que também acusa o processo de comprometer os avanços na luta pela dignidade feminina.
Punição contestada dentro e fora de campo
Dudu foi punido com seis jogos de suspensão e multa de R$ 90 mil, posteriormente retirada. A frase ofensiva publicada pelo jogador em seu Instagram gerou reação imediata. No acórdão do STJD, consta que “a conduta do denunciado evidencia um traço estrutural de resistência à autoridade feminina”.
Por isso, o caso transcendeu o campo esportivo e se transformou em debate público sobre misoginia, ética e responsabilidade.
Cabe ressaltar que a frase da advogada, mesmo em tom de defesa, gerou desconforto e questionamentos entre torcedores, juristas e representantes de movimentos feministas.
Julgamento ainda sem desfecho definitivo
Sendo assim, o processo segue em aberto e o ambiente jurídico continua em ebulição. Dessa maneira, a tentativa de anular a punição será avaliada em novo julgamento, ainda sem data definida. Vale destacar que o episódio já causa reflexos na imagem pública de todos os envolvidos.
Com isso, o Atlético-MG acompanha atentamente os desdobramentos, porque a possível liberação de Dudu pode impactar diretamente o elenco na sequência da temporada. Desse jeito, o episódio segue como um dos mais delicados e comentados do futebol brasileiro em 2025.