Com a vitória no clássico paulista, o Corinthians largou na frente nas oitavas de final da Copa do Brasil. Na noite de quarta-feira (30 de julho), a equipe comandada por Dorival Júnior venceu o Palmeiras por 1 a 0, na Neo Química Arena, e abriu vantagem para o jogo de volta. O gol solitário foi marcado por Memphis Depay, que balançou as redes aos 33 minutos do segundo tempo.
O resultado obriga o Palmeiras a vencer no tempo regulamentar, no confronto de volta, que será disputado na próxima quarta-feira (06 de agosto), às 21h30 (horário de Brasília), no Allianz Parque. O Corinthians, por sua vez, joga pelo empate para garantir vaga nas quartas da competição nacional.

O clássico, entretanto, também ficou marcado por uma polêmica de arbitragem no primeiro tempo. Um lance revisado pelo VAR resultou na marcação de pênalti para o Corinthians, decisão que gerou questionamentos não apenas de torcedores, mas também de comentaristas e ex-atletas.
Durante a transmissão televisiva, o ex-goleiro Fernando Prass, atualmente comentarista esportivo, aproveitou o momento para criticar a postura permissiva da arbitragem no futebol brasileiro. Segundo ele, esse comportamento acaba sendo explorado pelos próprios atletas em campo.
“O jogador testa. Eu fui jogador por 25 anos, a gente testa, a gente sabe o limite de cada árbitro. Cabe aos árbitros serem meio pais, educarem os jogadores. Os jogadores têm grande parcela de culpa, mas o jogador se aproveita do sistema, o sistema hoje é falho. Tem que ter uma mudança, principalmente na arbitragem”, declarou o ex-goleiro durante o jogo.
A fala de Prass foi motivada por um contexto recente que envolve críticas recorrentes ao desempenho da arbitragem brasileira, sobretudo após a expulsão do goleiro Léo Jardim em outro duelo da semana. Para ele, o cenário revela um problema estrutural que ultrapassa decisões pontuais e se enraíza na condução das partidas.
Aliás, a arbitragem voltou ao centro do debate ainda no segundo tempo do clássico, quando o Palmeiras chegou a empatar com Maurício. No entanto, o gol foi anulado por impedimento marcado no início da jogada, decisão que reforçou o clima tenso em campo e nas arquibancadas.
Assim sendo, o ambiente do dérbi ficou marcado não apenas pelo resultado esportivo, mas também pelas discussões em torno da conduta dos árbitros. O episódio evidencia que, além das quatro linhas, o debate sobre profissionalização e credibilidade da arbitragem segue sendo uma das pautas mais urgentes do futebol nacional.