sábado, agosto 2, 2025
13.6 C
São Paulo

Santos estuda tomar medidas cabíveis contra o Botafogo

Clube paulista avalia acionar a CNRD após inadimplência do Botafogo em parcelas referentes às negociações dos jogadores Jair e John.

O Santos formalizou cobrança ao Botafogo por uma dívida de aproximadamente R$ 14 milhões referente às transferências dos atletas Jair e John. A diretoria santista considera o atraso grave, sobretudo diante da movimentação recente dos jogadores no mercado europeu.

O zagueiro Jair foi vendido pelo Botafogo ao Nottingham Forest, enquanto o goleiro John recebeu proposta de 8 milhões de euros do West Ham, recusada pela diretoria carioca. A parcela vencida pela contratação de John é de 700 mil euros (R$ 4,4 milhões), e a de Jair, 1,5 milhão de euros (R$ 9,6 milhões), totalizando o montante cobrado.

Apesar de reconhecer o atraso, o Botafogo contesta o valor integral cobrado. O clube afirma que há um acordo tripartite com Santos e Atlético-MG para compensar dívidas cruzadas. Segundo essa lógica, restaria ao Alvinegro um débito final de apenas 300 mil dólares (R$ 1,6 milhão), pendente apenas da assinatura entre as partes envolvidas.

O Santos, por sua vez, não confirma a compensação e estuda medidas legais. Uma das possibilidades avaliadas é acionar o caso na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF. A cúpula santista considera o valor relevante, sobretudo diante das restrições financeiras que o clube enfrenta no atual momento.

Enquanto isso, a política de contratações do Santos segue limitada. O clube tem apostado em oportunidades de mercado, como a chegada dos laterais Mayke e Igor Vinicius, ambos livres após rescisão com Palmeiras e São Paulo, respectivamente.

A postura do Botafogo também levanta questionamentos no mercado. Além da situação com o Santos, o clube ainda não quitou a compra de Thiago Almada junto ao Atlanta United, em negociação de 21 milhões de dólares. O caso foi levado à FIFA pela equipe norte-americana.

O impasse entre os clubes segue sem solução definitiva. O Santos aguarda uma definição sobre os pagamentos, enquanto analisa os próximos passos para garantir o que considera um direito contratual.