O Botafogo vive dias turbulentos fora de campo. Em meio a disputas judiciais, articulações políticas e negociações bilionárias, John Textor tenta manter sua influência no comando da SAF alvinegra, costurando um novo arranjo de poder e financiamento. Além disso, o empresário norte-americano sinalizou a criação de uma nova estrutura empresarial, indicando que a batalha pela direção do clube ainda está longe do fim.
Vale destacar que, mesmo sob pressão, Textor recebeu apoio institucional importante: uma carta assinada por funcionários da SAF e uma demonstração pública de confiança por parte da diretoria do clube social. Por isso, ele ganhou fôlego para avançar em sua estratégia de reestruturação, agora sem o Lyon no portfólio e com foco no Botafogo e no Molenbeek.
Proposta formal e aliados estratégicos movimentam o tabuleiro
Na quarta-feira, Textor formalizou proposta para adquirir a parte do Botafogo na Eagle, empresa originalmente criada para gerir múltiplos clubes. Isso porque, ao se desvincular do Lyon, ele tenta transformar a Eagle em uma holding voltada exclusivamente aos projetos que ainda controla.
Com isso, o empresário articula apoio financeiro de nomes de peso. Um deles é o grego Evangelos Marinakis, dono do Nottingham Forest e do Olympiacos. Outro é Kia Joorabchian, velho conhecido do futebol brasileiro, embora seu papel ainda não esteja claro. Cabe ressaltar que ambos têm histórico no modelo multi-clubes e podem ser peças-chave no novo desenho de poder.
Grupo Ares surge como possível rival na disputa
Dessa maneira, o cenário se complica com a entrada do grupo Ares Management, maior credor de Textor na operação do Lyon. A empresa norte-americana estaria interessada em assumir a operação da SAF, prometendo aportes significativos. Sendo assim, o Botafogo vê surgir um possível novo controlador com um perfil mais corporativo, focado em resultados e valorização de ativos.
O clube social adota postura cautelosa, mantendo diálogo com o Ares enquanto segue apoiando Textor. Por que tanta cautela? Porque a prioridade é clara: garantir a estabilidade institucional.
Desse jeito, a torcida observa o desenrolar com expectativa. Textor, que se tornou símbolo e até ídolo, tem o apoio popular. Mas o que o Botafogo realmente precisa, portanto, é segurança para seguir crescendo dentro e fora de campo.