A decisão da família de Preta Gil em relação ao destino de suas cinzas ganhou repercussão nacional. Após sua morte aos 50 anos, em 20 de julho, nos Estados Unidos, durante o tratamento contra um câncer no intestino, os familiares optaram por uma homenagem íntima e simbólica, reforçando o legado de afeto e proximidade deixado pela cantora.
O velório foi realizado na quinta-feira (25 de julho), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia foi marcada por forte comoção e contou com a presença de amigos, familiares e admiradores. Logo após, o corpo foi levado ao Cemitério e Crematório da Penitência, na Zona Portuária da capital fluminense, onde ocorreu a cremação, conforme desejo anteriormente manifestado por Preta.
Posteriormente, os familiares definiram que as cinzas da artista seriam repartidas entre pessoas próximas. Assim, amigos íntimos e parentes receberão pequenas porções dos restos mortais da cantora. A medida tem como objetivo permitir que cada um mantenha viva a memória de Preta à sua maneira. Conforme revelado, cada recipiente poderá ser guardado ou destinado conforme a vontade de quem o receber. A iniciativa da família foi divulgada inicialmente pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
“Preta me ligou na véspera do show da Ana no Circo Voador, em agosto passado, para contar do agravamento da doença e eu fiquei devastado. Fui por ela mesmo consolado e incentivado a ir para a montagem naquela tarde”, lembrou Bem Gil, irmão da cantora, ao relembrar um dos últimos diálogos que teve com ela.
A repercussão nas redes sociais revelou sentimentos diversos. Enquanto alguns internautas destacaram o simbolismo da partilha das cinzas, outros demonstraram estranhamento com o gesto. “Também quero ser cremada. Uma simbologia e tanto. Que família iluminada”, escreveu uma seguidora. Em contrapartida, outra usuária classificou a ação como “mórbida”.
Amigos próximos também seguiram prestando homenagens. O influenciador Gominho, por exemplo, publicou uma lembrança pessoal nas redes sociais. “Tamo aqui vendo as coisinhas dela! A bixa sempre foi linda”, escreveu ele ao exibir um boletim escolar de 1991, pertencente à artista, quando ela ainda tinha 17 anos.
Preta Gil foi reconhecida por sua postura agregadora e pelo ativismo em causas sociais. Em vida, cultivou vínculos profundos com diversas figuras públicas e com o público em geral, o que se refletiu nas manifestações de carinho após sua partida.
