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Ex-atacante do Cruzeiro é sincero sobre gestão de Pedro Lourenço

O ex-jogador ainda afirmou que o momento atual da Raposa é de retomada no cenário nacional

Com passagem marcante pelo Cruzeiro, Deivid fez parte do elenco que conquistou a Tríplice Coroa em 2003. Naquele ano, balançou as redes 28 vezes em 38 partidas e, posteriormente, foi negociado com o Bordeaux por US$ 5,1 milhões. Retornou ao clube mineiro em 2015, desta vez como treinador, substituindo Mano Menezes.

Sua passagem no comando técnico, contudo, foi encerrada em abril de 2016, após 18 jogos. Em seguida, entre maio de 2020 e junho de 2021, atuou nos bastidores, ocupando a função de diretor técnico durante a gestão de Sérgio Santos Rodrigues.

Crise financeira e bastidores da queda

Durante sua atuação fora das quatro linhas, o ex-atacante enfrentou um cenário de grave instabilidade. O Cruzeiro, à época, acumulava dívidas superiores a R$ 1 bilhão e corria sério risco de rebaixamento para a Série C. Segundo Deivid, a rotina era de extrema dificuldade.

“O clube chegou no fundo do poço devendo um bilhão. A gente ia concentrar e não sabia o que ia comer, entendeu? E aí, graças a Deus, o Pedrinho sempre foi um cara que sempre esteve por trás ajudando para o clube não ir para a Série C”.

Apoio decisivo de Pedro Lourenço

Conforme revelou, Pedro Lourenço teve participação relevante mesmo antes de assumir oficialmente a SAF. Deivid relatou que o empresário interveio nos bastidores para evitar sanções da FIFA e garantir o funcionamento mínimo da estrutura.

“Era uma folha absurda de R$ 22 milhões ao ano. O Pedrinho sempre esteve ajudando para que o clube não fosse punido, mesmo sem estar oficialmente à frente”.

Elogios à condução da SAF

Atualmente, Pedro Lourenço comanda a Sociedade Anônima do Futebol do Cruzeiro, cargo no qual tem ganhado reconhecimento. Para Deivid, o diferencial do gestor está no envolvimento pessoal e no conhecimento administrativo.

“O Cruzeiro hoje está na mão do melhor cara. Torcedor doente, fanático, não pegou o clube para fazer negócio, (pegou) porque ele gosta mesmo, os filhos gostam. Então, ele pegou a gestão de mercado dele e levou tudo para o clube. Hoje, para mim, é a melhor SAF que tem”.

Visão sobre o passado e o presente do clube

Relembrando o período entre os anos 1990 e 2011, Deivid destacou que o Cruzeiro era referência no cenário nacional pela pontualidade salarial. “Naquela época, todo mundo queria ir para o Cruzeiro porque o mês tinha 30 dias. Você recebia em dia, mesmo ganhando menos do que em outros clubes. Isso fez do clube uma referência”.

Por fim, o ex-jogador afirmou que o momento atual é de retomada. Segundo ele, a nova gestão representa um divisor de águas em comparação ao passado recente, marcado por desorganização e dívidas acumuladas.