A FIFA está prestes a adotar uma postura inédita que pode transformar a dinâmica do futebol mundial. Segundo o jornal espanhol Mundo Deportivo, a entidade máxima do futebol planeja proibir transferências de jogadores entre clubes que pertencem ao mesmo grupo empresarial.
A iniciativa busca acabar com o mercado interno entre essas equipes, garantindo mais estabilidade para os atletas e contratos mais duradouros.
Impacto direto nos grupos multiclubes
Vale destacar que essa medida visa coibir o que é conhecido como “corredores de desenvolvimento de jogadores”, uma estratégia amplamente defendida por grupos como a Eagle Football, de John Textor, e o City Football Group.
Sendo assim, a proibição representa um duro golpe para esses conglomerados que atuam em diversas frentes do futebol global. Isso porque eles se beneficiam da movimentação facilitada entre suas equipes para promover talentos e ajustar elencos conforme interesses comerciais e esportivos.
A polêmica envolvendo Botafogo, Lyon e Eagle Football
Cabe ressaltar que o caso do Botafogo e do Lyon exemplifica a complexidade dessa questão. O clube carioca cobra do Lyon € 65 milhões por supostas vendas abaixo do mercado, que teriam ajudado o time francês.
Dessa maneira, a polêmica exposta pelo Mundo Deportivo mostra que a nova regra também tem como objetivo evitar conflitos e abusos decorrentes dessas relações internas.
Medidas anteriores e o futuro incerto para John Textor
Além disso, já havia uma limitação pela FIFA que restringia a seis o número de empréstimos entre clubes da mesma holding. Com isso, a nova proibição se torna ainda mais rigorosa. Por isso, o empresário norte-americano John Textor, controlador do Botafogo e outros clubes, pode ver sua estratégia de multiclubes seriamente comprometida.
Atualmente, Textor não possui mais parceria com o Lyon, vendeu sua participação no Crystal Palace e busca novos investimentos, enquanto tenta a recompra do Botafogo em uma disputa comercial e jurídica.
O que vem por aí no mercado do futebol
Portanto, a provável nova regra da FIFA indica uma mudança estrutural que pode redefinir o funcionamento das negociações no futebol mundial. Dessa maneira, clubes e investidores precisarão se adaptar rapidamente a esse cenário que visa maior transparência e equilíbrio.
Com isso, o futebol ganha um importante passo rumo à profissionalização e à defesa dos interesses dos jogadores, que são a alma do esporte.
Cabe ressaltar que essas mudanças ainda dependem de formalização pela FIFA, mas já geram impacto e debate em todas as esferas do futebol.