segunda-feira, agosto 11, 2025
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A declaração de Gustavo Grossi direcionada a base do Internacional

Uma análise sincera sobre desafios e decisões na reestruturação do Celeiro de Ases

A trajetória recente das categorias de base do Internacional tem chamado atenção por sua complexidade e desafios internos. Gustavo Grossi, argentino contratado no início da gestão de Alessandro Barcellos para revitalizar o Celeiro de Ases, fez um desabafo revelador sobre os bastidores desse processo e as limitações enfrentadas em seu trabalho.

Os altos e baixos na construção da base colorada

Vale destacar que Grossi chegou ao Inter após um importante trabalho no River Plate, sendo visto como peça-chave para formar jovens talentos capazes de integrar o time principal. 

“O primeiro ano e meio foi bom, e depois foi normal, até porque, evidentemente, já preferiram não fazer tanta coisa e colocar mais dinheiro para que o profissional conseguisse um título”, explicou o dirigente. 

Isso porque a diretoria optou por priorizar resultados imediatos no time principal em detrimento do investimento na base.

O distanciamento entre base e profissional

Além disso, Grossi comentou que a divisão entre o trabalho no profissional e o projeto da base é muito grande. 

“O Inter tem uma divisão muito grande para dar certo os três pontos do fim de semana e uma desintegração grande com o que não tem a ver com esses três pontos. Tem uma divisão muito grande entre o que se faz no profissional e o que se faz no projeto da base. Não tem equilíbrio”, destacou. 

Sendo assim, esse desequilíbrio compromete o desenvolvimento harmônico do clube.

A difícil comunicação e a esperança nas promessas

Cabe ressaltar que Grossi enfrentou dificuldades para dialogar com a comissão técnica do time principal. “Estive oito meses sem conseguir falar com ele [Eduardo Coudet] sobre que atleta achava que dava para promover do sub-20. Mas o clube, o contexto do clube, que o profissional tem que ganhar e a base espera, não permitiu fazer uma reunião”, revelou.

Por isso, no último dia de seu trabalho, ele conseguiu apresentar ao treinador quatro nomes que acreditava serem os melhores para uma transição gradual: Gabriel Carvalho, Yago Noal, Luís Otávio e Ricardo Mathias. Desse jeito, Grossi deixa clara sua confiança no potencial dessas promessas para o futuro do Inter.

Com isso, o ex-coordenador demonstra que apesar das dificuldades, a base colorada ainda tem valor estratégico e precisa ser integrada com mais equilíbrio ao projeto profissional. Isso porque investir na formação é fundamental para a sustentabilidade e identidade do clube.