A recente mudança estrutural no Amazonas desencadeou uma série de ajustes no departamento de futebol, incluindo o desligamento de nomes com trajetória consolidada no clube. Um dos afetados foi Ibson Silva, que deixou a função de auxiliar técnico após três anos de serviços prestados à equipe.
A transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), concluída na segunda-feira (11 de agosto), marcou o início de uma nova fase para o Amazonas. O clube foi adquirido por um grupo de investimento internacional, que passa a comandar o projeto administrativo e esportivo. A reformulação, segundo a direção, visa reestruturar processos, ampliar investimentos e buscar crescimento sustentável dentro e fora de campo.
Com a transição para SAF, medidas de contenção de gastos começaram a ser aplicadas. Nesse contexto, Ibson e o executivo de futebol Ricardo Lecheva foram desligados. A decisão, segundo o ‘GE’, não foi oficializada por meio de nota, mas integra o esforço para reduzir custos operacionais e adequar a estrutura ao novo modelo de gestão.
Ibson, de 41 anos, teve passagem como jogador do clube entre 2021 e 2022, disputando o Campeonato Amazonense. Logo após a aposentadoria, retornou ao Amazonas como auxiliar técnico em 2023, participando diretamente das campanhas vitoriosas que levaram a equipe à Série B e ao título da Série C do Campeonato Brasileiro. Em ocasiões pontuais, chegou a comandar o time interinamente em partidas oficiais.
Fundado em 2019 por empresários locais, o Amazonas rapidamente se consolidou no cenário nacional. Já no ano de estreia, venceu a segunda divisão estadual. Posteriormente, conquistou acessos consecutivos nas divisões nacionais e, em 2023, levantou o troféu da Série C. Em 2025, venceu novamente o campeonato amazonense.
Apesar do crescimento meteórico nos primeiros anos, o momento atual é adverso. A equipe ocupa a lanterna da Série B, com 21 pontos, e enfrenta dificuldades para reagir. O próximo compromisso será contra o América-MG, na sexta-feira (15 de agosto), às 20h (horário de Brasília), no estádio Carlos Zamith, em Manaus.
A diretoria afirma que, mesmo com a mudança no controle acionário, o clube pretende manter sua identidade e conexão com a torcida. “A chegada dos novos investidores representa um passo estratégico para fortalecer a gestão […] com foco em resultados competitivos, na formação de atletas e na valorização da marca”, destacou o clube em nota oficial.
Embora sem detalhes públicos sobre valores ou nome do grupo comprador, o Amazonas se junta à lista de clubes brasileiros que optaram pela estrutura empresarial como tentativa de profissionalizar a administração e atrair novos investimentos.