A relação entre Corinthians e Santos Laguna, iniciada com a contratação de Félix Torres em janeiro de 2024, resultou em sanção imposta pela Fifa nesta terça-feira (12 de agosto). Por conta de uma dívida de US$ 6,145 milhões (cerca de R$ 33,47 milhões na cotação atual), o clube brasileiro foi oficialmente proibido de registrar novos jogadores.
A negociação pelo defensor equatoriano envolvia um pagamento inicial de US$ 2 milhões, que foi quitado. No entanto, as cinco parcelas seguintes não foram pagas, sendo a primeira delas vencida em maio de 2024. O descumprimento contratual levou os mexicanos a acionarem a Fifa, o que culminou na decisão atual. O contrato do atleta com o Corinthians é válido até dezembro de 2027.
A penalidade afeta diretamente o planejamento esportivo do clube, que agora está impedido de contratar até quitar a dívida ou firmar um acordo com o Santos Laguna. Caso contrário, ficará impossibilitado de inscrever reforços por três períodos de transferências, incluindo o atual. A diretoria do Corinthians chegou a tentar uma negociação nos últimos dias, mas não obteve sucesso junto ao clube mexicano.
Enquanto isso, Félix Torres, que chegou como um dos primeiros reforços da gestão de Augusto Melo, soma 77 partidas com a camisa alvinegra. Contudo, atualmente perdeu espaço no elenco e atua como reserva de Matheuzinho, após a saída de Léo Maná por empréstimo ao Criciúma.
O cenário preocupa ainda mais devido a outras pendências judiciais envolvendo o clube. Demandas no CAS relacionadas à contratação de Rodrigo Garro e à rescisão de Matías Rojas, ambas de 2024, podem gerar novas punições e somam, juntas, mais de R$ 65 milhões. Além disso, há um recurso pendente em processo movido pelo Shakhtar Donetsk pela negociação de Maycon, com valor estimado em R$ 6,3 milhões.
Ainda assim, o Corinthians conseguiu registrar Vitinho antes da aplicação da sanção. O atacante de 31 anos foi anunciado na segunda-feira (11 de agosto), sendo o segundo reforço da temporada — anteriormente, o clube havia contratado o lateral Fabrizio Angileri.
A Fifa classifica o “transfer ban” como uma medida para garantir transparência e integridade nas relações comerciais entre clubes. Segundo a entidade, a punição pode ser revertida a qualquer momento mediante acordo entre as partes ou pagamento da dívida. Porém, enquanto estiver ativo, o clube permanece impedido de registrar atletas, ficando sujeito a sanções ainda mais severas caso a inadimplência continue.