O Barcelona vive uma grave crise financeira que afeta todas as áreas do clube, inclusive o futebol feminino, antes visto como autossustentável. De acordo com o jornal espanhol El Periódico, o time acumula um déficit estimado em € 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), obrigando a diretoria a adotar medidas de austeridade, como cortes salariais e negociações para a saída de jogadoras.
Pela primeira vez, a modalidade foi incluída nos cálculos do fair play financeiro da LaLiga, junto com o time masculino, que já enfrenta dificuldades para registrar novos reforços. Essa mudança aumenta a pressão para que o elenco opere sem prejuízo, diferentemente de outras áreas do clube.
Nomes como Joan Garcia, Marcus Rashford, Wojciech Szczesny (renovação) e Gerard Martín ainda aguardam regularização contratual.
Situação do elenco principal
O elenco principal sofreu perdas importantes. Ingrid Engen transferiu-se para o Olympique de Lyon, Ellie Roebuck assinou com o Aston Villa, Bruna Vilamala foi para o Club América, enquanto Fridolina Rolfö está sem clube.
Ainda permanecem no plantel figuras-chave como Alexia Putellas, Marta Torrejón e Aitana Bonmatí, todas com contrato até 2026. Contudo, a dificuldade para renovar acordos segue como um entrave para a estabilidade da equipe.
Impacto no time B
A equipe B também foi afetada pela crise. Promessas como Judit Pujols, Ona Baradad e Meritxell Muñoz reforçaram o Espanyol e o VfL Wolfsburg, enquanto Onyeka Gamero partiu para o Bay FC, dos Estados Unidos. A busca por melhores condições financeiras e competitividade tem levado jovens talentos a deixarem o clube.
Consequências e desafios futuros
Com a redução de investimentos e a saída de atletas, o Barcelona precisará equilibrar austeridade e competitividade a fim de manter o nível que o consagrou como referência no futebol feminino mundial. O cenário exige decisões estratégicas rápidas para evitar que as perdas comprometam o desempenho em competições nacionais e internacionais.
