O Flamengo segue distante de novos passos na construção do novo estádio no Gasômetro, mas o pré-acordo envolvendo clube, município e Caixa Econômica Federal já trouxe movimentações financeiras importantes.
Vale destacar que a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR), empresa pública municipal responsável por concessões e parcerias público-privadas, ficará com uma compensação financeira de R$ 29,2 milhões. Esse valor corresponde a aproximadamente 15% do total de R$ 199,6 milhões do acordo assinado na Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal.
O restante dos pagamentos será responsabilidade do Flamengo, que somará R$ 170 milhões entre os R$ 138,1 milhões pagos no leilão de 2024, mais R$ 7,9 milhões de perícia judicial e R$ 23,6 milhões adicionais divididos em cinco parcelas. Sendo assim, a operação financeira envolve cifras expressivas que exigem acompanhamento atento de órgãos públicos e do próprio clube.
Detalhes do acordo e impasses judiciais
O pagamento da CCPAR é descrito como “compensação financeira” à Caixa, administradora do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, antiga proprietária do terreno desapropriado pela Prefeitura do Rio. Com isso, a medida busca evitar prejuízos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), único cotista do fundo, como contestava o Ministério Público do TCU.
Cabe ressaltar que o acordo ainda não foi homologado pelo Flamengo e deve passar pelo Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, garantindo transparência e conformidade legal. Além disso, a CCPAR não respondeu aos questionamentos da imprensa sobre a compensação financeira, aumentando a atenção sobre o desfecho do caso.
Histórico da aquisição do terreno
O terreno do Gasômetro foi arrematado pelo Flamengo em 31 de julho de 2024, por R$ 138,1 milhões. Portanto, desde então, o clube tem buscado maneiras de equilibrar receitas e despesas, incluindo a negociação de futuras parcelas e compensações com a Prefeitura e a Caixa. Isso porque a Prefeitura assumirá custos estimados em R$ 250 milhões para a retirada da tubulação de gás que passa pelo local.
Dessa maneira, o Flamengo trabalha para tornar o projeto do estádio financeiramente vantajoso, enquanto órgãos públicos e investidores acompanham cada movimento de perto. Desse jeito, a construção do futuro estádio ainda depende de decisões estratégicas e do cumprimento do pré-acordo firmado.
