A Prefeitura de Santos aprovou oficialmente o projeto para a construção do novo estádio do clube, um passo aguardado há anos pelos torcedores. A futura arena será erguida no mesmo endereço da atual Vila Belmiro e promete modernizar o espaço com estrutura multiuso, maior capacidade e nova proposta arquitetônica. O lançamento do projeto foi celebrado em cerimônia no Palácio José Bonifácio, com a presença de autoridades locais, representantes da WTorre e dirigentes do Santos.
Embora a expectativa inicial fosse apresentar o projeto no início do mês, o clube optou por adiar a divulgação em respeito ao incêndio ocorrido na comunidade Caminho São Sebastião. Atualmente, o Santos se prepara para assinar o contrato definitivo com a construtora WTorre, o que deve ocorrer nos próximos dias. A venda de cadeiras cativas e camarotes será iniciada em seguida, etapa considerada essencial para o início da construção.

A previsão é que as obras comecem apenas no segundo semestre de 2026, após a demolição da estrutura atual. A nova arena ocupará cerca de 68 mil metros quadrados e terá capacidade para 30 mil pessoas, distribuídas em quatro setores principais: arquibancada, arquibancada superior, deck premium e camarotes. O projeto ainda prevê 45 unidades comerciais, sendo 28 internas e 17 externas, além de estacionamento com até 620 vagas.
A arena contará com estrutura multiuso, apta a receber jogos, eventos culturais e corporativos. O campo será posicionado nove metros acima do solo, liberando o térreo para acessos, banheiros, lojas e vagas de estacionamento. O espaço também terá uma “esplanada” com lounges, jardins e áreas de convivência. A entrada dos torcedores será feita pelas quatro esquinas da quadra, enquanto a imprensa e as delegações terão acesso pela Rua Princesa Isabel.

Visualmente, o projeto preserva as cores tradicionais do clube e inclui detalhes em dourado. A fachada terá forma irregular e será marcada por elementos que remetem à história santista, como o gesto de Pelé com o punho no ar. Um painel com textura similar a escamas de peixe completará a identidade visual. Internamente, o Memorial das Conquistas será reformulado, com homenagens aos ídolos do clube e destaque especial para Pelé.
A obra, estimada em R$ 700 milhões, será viabilizada com recursos captados por meio da comercialização de cadeiras e camarotes. O estádio será gerido conjuntamente por Santos e WTorre por 30 anos. Para viabilizar o projeto, a prefeitura exigiu medidas compensatórias, como ampliação do sistema de drenagem, instalação de câmeras, plantio de árvores e melhorias na iluminação pública.
“Era uma obrigação do Santos Futebol Clube. Assim como os dirigentes transformaram as arquibancadas de madeira naquelas que hoje nós estamos, era igualmente necessário, nesse processo de reconstrução, o clube ter uma arena multiuso” — declarou o presidente Marcelo Teixeira, durante a cerimônia de aprovação do projeto.