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Juliana Oliveira aciona Justiça e pede indenização milionária a Otávio Mesquita

A ex-assistente de palco Juliana Oliveira formalizou, na terça-feira (12), um pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 150 mil contra o apresentador Otávio Mesquita. A ação foi apresentada como reconvenção no mesmo processo em que Mesquita a acusa de calúnia, alegando prejuízos à sua imagem e solicitando indenização de R$ 50 mil.

A disputa judicial entre os dois começou após Juliana ter denunciado o apresentador por supostos atos de violência sexual cometidos durante a gravação do programa The Noite, no SBT, em 2016. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo, por meio do 7º Distrito Policial de Osasco, após manifestação do Ministério Público estadual, que apontou a existência de “elementos que necessitam de maior investigação quanto à prática de eventual infração contra a dignidade sexual”.

O episódio citado pela comediante teria ocorrido em 25 de abril de 2016, quando Otávio Mesquita participou do programa descendo do teto do estúdio preso a cabos de segurança. Segundo Juliana, enquanto o ajudava a retirar o equipamento, ele a teria tocado sem consentimento, apalpando partes íntimas e simulando ato sexual durante a gravação.

A defesa da comediante afirmou na ação que “o vídeo disponível na internet comprova que Juliana foi vítima consumada na modalidade atos libidinosos com emprego de força física perpetrados seguidas vezes pelo requerente diante de mais de uma centena de pessoas”.

Em seu relato público, Juliana reforçou que tentou afastar o apresentador e que chegou a reagir fisicamente, com tapas e chutes. Ela ainda relatou que, após o ocorrido, passou anos sendo trancada no banheiro da produção do programa para evitar contato com Mesquita. “Otávio Mesquita invadia o ‘The Noite’ e eu era trancada no banheiro como se a errada fosse eu, como se a culpada fosse eu, como se a criminosa fosse eu”.

A defesa de Otávio Mesquita, por outro lado, alegou que o episódio foi apenas uma encenação previamente combinada, e que a acusação é “caluniosa e absurda”. O apresentador afirmou: “Olha que loucura isso. Eu demorei para entender tudo do que se tratava, no fim percebi que esta acusação era sobre uma brincadeira na abertura do programa do Danilo Gentili que foi tudo combinado de uma maneira informal, onde eu participei, aliás, como convidado, em 2016”.

A promotora responsável pelo caso, Priscila Longarini Alves, declarou que a denúncia exige aprofundamento nas investigações. A promotoria já solicitou abertura de inquérito, mas o processo criminal segue em curso e ainda sem denúncia formalizada.

Juliana Oliveira, que trabalhou por mais de uma década no SBT, afirma ter sido demitida em fevereiro deste ano, logo após formalizar sua denúncia junto ao departamento de compliance da emissora. Ela diz ter buscado reparação judicial por não ter recebido apoio institucional da empresa. “Eu fiz uma denúncia para uma empresa comandada por mulheres e nem mesmo elas me ouviram. Só fui à Justiça porque o SBT não fez absolutamente nada”.