Neymar vive um momento de destaque no Santos desde seu retorno ao futebol brasileiro em 2025. O atacante, que soma 24 jogos na temporada, tem atuado os 90 minutos em todas as partidas desde a volta do Mundial de Clubes, demonstrando boa forma física e regularidade em campo. Além disso, ele não defende a Seleção Brasileira desde outubro de 2023, mas está no radar de Carlo Ancelotti para os confrontos contra Chile e Bolívia, em setembro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A convocação oficial será anunciada na segunda-feira (25), às 11h (horário de Brasília).
O retorno de Neymar ao Santos também chamou atenção pelo impacto financeiro. O contrato firmado garante R$ 21 milhões mensais, entre salário e direitos de imagem, o que totaliza R$ 105 milhões em apenas cinco meses. Desse montante, R$ 4,14 milhões correspondem ao salário fixo, enquanto o restante vem de projetos de marketing e exploração de imagem. O acordo inclui ainda o pagamento de US$ 15 milhões (R$ 85 milhões) à NR Sports, empresa de seu pai, valor que representa 25% do orçamento anual do clube.
Quando comparado a outros retornos históricos, como o de Ronaldo ao Corinthians em 2009 e o de Romário ao Flamengo em 1995, Neymar estabeleceu um novo patamar financeiro. Ronaldo, na época, teria recebido cerca de R$ 400 mil mensais, com contrato de dois anos, enquanto Romário abriu mão de altos salários no Barcelona para voltar ao Brasil, em um gesto mais simbólico do que lucrativo. Ajustados à inflação e ao contexto de cada época, os valores recebidos por Neymar superam amplamente os dos outros ídolos.
Dentro de campo, o desempenho recente tem sido elogiado por ex-jogadores e comentaristas. Denílson, campeão mundial em 2002, afirmou que convocaria o camisa 10 para a Seleção, destacando sua qualidade técnica e sequência de jogos.
“O Neymar está na minha lista, apesar de não ter que provar nada para ninguém. É um jogador diferente, pela qualidade que ele tem, mas o importante é que ele continue tendo essa sequência de jogos.”
O ex-atacante, contudo, apontou a necessidade de ajustes comportamentais.
“Ele precisa ter um pouquinho mais de cabeça fria, estou sentindo ele muito nervoso dentro do campo. Acho que ele está vivendo um momento diferente, que é lutar para não cair… então deve ser difícil administrar esse turbilhão de sentimentos.”
O Santos, que briga na parte inferior da tabela do Campeonato Brasileiro, volta a campo neste domingo (17), contra o Vasco, pela 20ª rodada. O duelo será no Morumbis, às 16h (horário de Brasília), com Neymar confirmado entre os titulares.
