A venda de Lucas Ferreira ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por 10 milhões de euros (cerca de R$ 63 milhões), representa um alívio imediato para o caixa do São Paulo. O atacante, revelado nas categorias de base do clube, já se encontra na Europa para exames médicos e assinatura do contrato.
Vale destacar que o Tricolor ficará com 80% do valor da negociação, algo em torno de R$ 50 milhões, podendo receber mais R$ 12,5 milhões caso o clube ucraniano se classifique para a Liga dos Campeões de 2026. Isso porque a transação foi estruturada para gerar receita adicional de forma segura.
Déficit ainda exige atenção
Apesar do alívio financeiro, o déficit acumulado do clube chega a R$ 67 milhões. Sendo assim, a diretoria precisa manter medidas de controle rígidas. Os custos altos da folha salarial e receitas de premiações abaixo do esperado, no Paulistão e na Copa do Brasil, pressionam as contas.
Contratos como o de Luiz Gustavo seguem impactando os gastos, porque são compromissos de longo prazo que não podem ser flexibilizados rapidamente.
Libertadores como fator decisivo
O desempenho do São Paulo na Libertadores se torna essencial para fechar o ano no azul. Com isso, avançar às quartas de final pode render R$ 12,5 milhões na semifinal, e a conquista do título traria até R$ 130 milhões.
Dessa maneira, o futebol se transforma em ferramenta estratégica de recuperação financeira, porque cada fase avançada representa receita garantida e previsível.
Estratégia da diretoria para superar o déficit
Carlos Belmonte, diretor de futebol, enfatiza que a redução do elenco, com 18 saídas e cinco entradas, diminui gastos e fortalece o planejamento orçamentário. Além disso, o clube já superou a meta de vendas, alcançando quase R$ 200 milhões, bem acima da previsão inicial de R$ 155 milhões.
Portanto, a venda de Lucas Ferreira não é apenas uma transação de mercado; é uma peça-chave na tentativa de estabilizar as finanças e, desse jeito, permitir que o São Paulo encerre 2025 com superávit.