A classificação do Botafogo às quartas de final da Libertadores dependerá do desempenho da equipe em Quito, mas a vantagem conquistada no Nilton Santos reforçou a confiança no elenco. Na última quinta-feira (14 de agosto), o clube venceu a LDU por 1 a 0, com um gol marcado logo nos primeiros segundos, quebrando um recorde histórico da equipe na competição continental.
Artur foi o responsável por balançar as redes com apenas 14 segundos de jogo, anotando o gol mais rápido do Botafogo em toda a história da Libertadores. O lance encerrou um jejum pessoal de 12 partidas sem marcar. O atacante foi um dos destaques da partida e comentou sobre o peso do gol e o momento que vive no clube.
“Passou na cabeça que o gol saiu no momento certo. Foi algo que a gente desejava, um gol bem no início do jogo. Nosso primeiro desafio era fazer esse gol, mas não pensei que sairia tão rápido. Foi um alívio também, já tinha um tempinho que eu não marcava. Estou feliz pela marca que envolve até o Botafogo”, disse.
Contratado para reforçar o setor ofensivo, o camisa 7 ainda busca uma sequência consistente de atuações. Ao avaliar sua passagem pelo clube até aqui, Artur foi transparente ao reconhecer que ainda não atingiu seu melhor nível técnico e físico.
“Meu momento é razoável. Tive altos e baixos desde que cheguei, mas nunca vai faltar comprometimento, trabalho, estou todo dia me esforçando ao máximo para melhorar e aumentar meus números de gols e assistências. O momento agora está razoável, bom… É claro que temos muitos pontos a melhorar. É por esse caminho”.
A vitória magra em casa dá ao Botafogo a vantagem do empate no confronto de volta, marcado para a próxima quinta-feira (21 de agosto), no Equador. Antes disso, porém, o clube encara o Palmeiras, no domingo (17 de agosto), pelo Campeonato Brasileiro. A expectativa é de que o técnico Davide Ancelotti promova mudanças na escalação, visando o desgaste físico e a importância da competição continental.
Apesar do resultado positivo no primeiro jogo, o discurso no elenco é de cautela. Artur destacou que a postura precisa ser a mesma, independentemente da vantagem no placar agregado.
“Uma vitória dentro de casa com a vantagem de um gol é sempre bom. Mas independente se fosse dois ou três a zero, a gente teria que encarar o jogo (da volta) com seriedade, como mais uma final. Isso que estamos nos comportando. Estamos esperando mais um jogo difícil. É ir para Quito e buscar outra vitória”.
Sob o comando de Ancelotti, o time ainda alterna momentos de estabilidade e oscilações. Contudo, a classificação nas oitavas da Libertadores pode representar um divisor de águas para a sequência da temporada, sobretudo para jogadores como Artur, que buscam reafirmação dentro do elenco titular.