O Flamengo atravessa uma fase decisiva da temporada, enfrentando o Internacional em sequência de jogos no Beira-Rio. Após vencer por 3 a 1 no Brasileirão no domingo (17 de agosto), o time carioca volta a Porto Alegre na quarta-feira (20 de agosto), às 21h30 (horário de Brasília), pelo duelo de volta das oitavas da Libertadores. A vitória por 1 a 0 no Maracanã dá vantagem mínima ao Rubro-Negro, que pode até empatar para se classificar.
O zagueiro Danilo, que retornou de lesão neste compromisso, comentou sobre a decisão da diretoria em manter a delegação no Sul durante os dias que antecedem a partida. O elenco treina no CT do Grêmio antes do jogo, evitando deslocamentos desgastantes entre Rio e Porto Alegre.
“Muito importante. A gente voltar para o Rio de Janeiro e depois fazer toda a logística de volta, é algo quase impensável. É um momento decisivo da temporada para nós, e qualquer tipo de preparação e logística que possa facilitar o repouso e o descanso. Até porque nossos jogadores têm se dedicado muito, jogado muito. Calendário desgastante, como sabíamos que seria. Então, sim, acredito que essa escolha do Flamengo é a mais racional possível e muito importante”, analisou Danilo.
O defensor, contudo, não deixou de assumir falha no gol marcado por Rafael Borré no fim da partida, quando o Flamengo já vencia por 3 a 0. “Hoje é bastante responsabilidade minha. Até por falta de reatividade ali. Certamente, eu deveria fazer melhor naquele lance. Mas é uma defesa de muita qualidade. São jogadores de nível de Seleção Brasileira. Cada um nas suas respectivas seleções”.
Mesmo reconhecendo o erro, Danilo destacou a colaboração do setor ofensivo na marcação. “A gente tem que ressaltar o trabalho da equipe. Os atacantes, meio-campistas pressionam de maneira incansável durante quase toda a partida. Isso facilita muito o nosso trabalho também ali, que é parar as jogadas quando a bola já não é tão limpa porque nossos atacantes e meias pressionam muito e se doam nessa parte”.
No meio-campo, Saúl Ñíguez também foi personagem do jogo. Pela primeira vez, o espanhol atuou os 90 minutos e chamou a atenção do técnico Filipe Luís, que explicou porque só agora o utilizou como volante. “O Saúl fez grande jogo, excelente jogo. Temos que lembrar que o Saúl, quando pisa no Flamengo, não estava treinando com nenhuma equipe. Estava treinando separado e vinha de férias. Então, até pegar a forma física… Tentei, em alguns jogos, dar minutos para ele recuperar o mais rápido possível”.
O treinador acrescentou que a função exige compreensão tática, o que atrasou a estreia do jogador na posição. “Porque muitos jogadores, e ele é um que se lesiona pouco, pegam essa forma mais rápido jogando. E principalmente essa função do volante, que na minha equipe, é tão importante. É o coração do time. Exige um pouco mais de conteúdo tático, treinos, vídeos e conceitos. Tanto ofensivo como defensivo”.
Por fim, Filipe Luís disse que percebeu evolução e preparo em Saúl para cumprir a função no Beira-Rio. “Então, não é simples ele chegar e jogar. E hoje eu senti que ele estava preparado e fez um grande jogo. Fez um grande jogo, como toda a equipe. Elevou bastante o nível da equipe”.
Assim, entre ajustes de logística, retornos de lesão e novas opções táticas, o Flamengo chega ao segundo jogo decisivo contra o Internacional com confiança elevada, buscando confirmar sua presença nas quartas de final da Libertadores.
