O empate entre Mirassol e Cruzeiro, na segunda-feira (18 de agosto), pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou em 1 a 1, mas o destaque após o apito final não foi o resultado em campo. A condução da arbitragem por Bruno Arleu de Araújo gerou forte insatisfação entre os atletas das duas equipes, principalmente pela falta de punições a atitudes antidesportivas.
Reinaldo, lateral do Mirassol, foi um dos que demonstraram mais incômodo com a postura do árbitro. Além de apontar uma falha defensiva da sua equipe no gol sofrido, o jogador criticou duramente a demora do goleiro Cássio nas reposições de bola. Ele defendeu que o Cruzeiro fez cera ao longo de todo o jogo e que o árbitro deveria ter advertido os defensores da equipe mineira.
“Desatenção nossa no gol, que era evitável. Nossa equipe colocou bola no chão, jogou, teve chance, mas não fez gol. Voltar para empatar e virar. Falar também do Cássio fazendo cera. Em casa ou fora, a gente sempre joga. A defesa do Cruzeiro toda deveria ter tomado amarelo por cera, mas o árbitro não toma atitude. A indignação com a arbitragem é sobre a cera, porque no restante está boa, tem critério.”
Fabrício Bruno, zagueiro do Cruzeiro, também questionou as decisões do árbitro, especialmente em lances duvidosos. Para o defensor, há uma tendência nos jogos em favorecer o adversário em situações polêmicas. Assim como os rivais, ele também lamentou a falta de critério.
“Tudo que é dúvida, é sempre para o adversário. O Bruno [Arleu de Araújo] veio aqui hoje e picotou o jogo de todas as formas. Teve um pênalti claríssimo no primeiro tempo e ele não deu. Precisamos rever isso na nossa arbitragem. Não só nós, mas o time deles também reclamou. Isso é ruim para o nosso futebol.”
Anteriormente, ainda no intervalo, as queixas já haviam começado. O Cruzeiro protestava por um possível toque de mão dentro da área, enquanto o Mirassol já mostrava irritação com o que considerava excesso de cera dos mineiros, que venciam por 1 a 0 naquele momento.
No aspecto esportivo, o Cruzeiro abriu o placar logo aos quatro minutos, com Kaio Jorge aproveitando cruzamento de Matheus Pereira. Contudo, o Mirassol reagiu na etapa final, com Negueba empatando aos 19 minutos após bela finalização. O resultado impediu a equipe mineira de retomar a vice-liderança, deixando-a na terceira colocação com 38 pontos.
Apesar da igualdade no placar, as críticas à arbitragem dominaram o pós-jogo, evidenciando que a insatisfação foi mútua e reforçando o apelo por mais rigidez nos critérios disciplinares.