O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, chamou atenção ao comentar sobre a possibilidade de construção de um estádio próprio para o Flamengo. Em entrevista ao Penido’s Podcast, o dirigente ressaltou a coragem do rival em discutir o projeto e reforçou sua visão de que o Tricolor deve permanecer no Maracanã, aproveitando todas as vantagens históricas e estruturais do estádio.
Maracanã: patrimônio histórico e estratégico do Fluminense
Vale destacar que Mário Bittencourt considera o Maracanã o melhor estádio do mundo em termos de história, tamanho e acessibilidade. “O Fluminense já tem, na minha opinião, o melhor estádio do mundo em termos de história, tamanho, grife. Qual estádio do mundo você chega de ônibus, trem, metrô, a pé, de carro? O Maracanã é magnífico, fabuloso”, afirmou.
Além disso, o dirigente explicou os desafios financeiros de construir um estádio próprio: “Construir um estádio e fazer ser rentável é muito difícil. O preço que se investe num estádio e o que ele gera de receita depois, pensando que a cada jogo você vai ter que vender. Vai ter que vender na construção do estádio, as cadeiras cativas — que você tem sempre 10% do visitante”.
Com isso, ele detalhou as dificuldades enfrentadas por clubes como Palmeiras e Grêmio, lembrando que algumas arenas não se sustentam e que modelos de parceria privada são cada vez mais comuns no Brasil. Sendo assim, a construção de um estádio próprio requer planejamento minucioso e capacidade de gerar receita consistente.
Elogio à postura do Flamengo
Cabendo ressaltar, Mário Bittencourt elogiou a postura do Flamengo no debate sobre o próprio estádio: “Vou dizer uma coisa que talvez ninguém tenha coragem de dizer. Aliás, eu acho que o Flamengo está tendo um pouco dessa coragem agora. De dizer isso agora, nesse momento que se discute a questão do estádio do Flamengo”.
Desse jeito, ele reconheceu que o clube rival tem sido honesto sobre os riscos e prejuízos potenciais de um projeto dessa magnitude. Além disso, destacou a boa relação pessoal e institucional com o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista: “Somos amigos, dividimos o Maracanã de maneira harmoniosa. É saudável essa relação. Já era na gestão Landim, e é tão harmoniosa quanto na do Bap. O Bap é um cara maravilhoso, muito inteligente. Eu me dou bem com ele, toda a diretoria. A gente se mata no campo, né? Fora, somos harmoniosos”.
Portanto, Mário reforça que, apesar da rivalidade esportiva, a gestão compartilhada do Maracanã é positiva, estratégica e sustentável para ambos os clubes. Dessa maneira, o Fluminense segue valorizando sua história e estrutura, enquanto reconhece a ousadia do Flamengo em pensar grande.
