O Atlético-MG vive momento delicado no Campeonato Brasileiro desde a retomada após a Copa do Mundo de Clubes. Embora ainda esteja vivo em três frentes — Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana — o desempenho na principal competição nacional tem gerado preocupação interna e entre os torcedores.
Desde a 13ª rodada, data da volta do torneio, o time comandado por Cuca conquistou apenas quatro pontos em seis partidas. O aproveitamento é de 22,2%, com uma vitória, um empate e quatro derrotas, desempenho que o coloca como o segundo pior da Série A no período, à frente apenas do Red Bull Bragantino.
O Bragantino, por sua vez, vive fase ainda mais crítica. A equipe de Bragança Paulista venceu apenas uma das oito partidas disputadas desde a pausa, somando uma igualdade e seis derrotas. O aproveitamento caiu para 17% e o clube, que brigava pelas primeiras posições até julho, ocupa agora a nona colocação, distante 16 pontos do líder Flamengo.
Apesar das dificuldades, o Galo enfrenta uma maratona que inclui duelos importantes nas copas. Na Copa do Brasil, por exemplo, eliminou o Flamengo. Na Sul-Americana, avançou sobre o Atlético Bucaramanga. Entretanto, no Brasileirão, caiu da sétima para a 11ª colocação, com 24 pontos, cinco a menos que o G6 e os mesmos cinco acima da zona de rebaixamento.
No último domingo (17), o Atlético foi derrotado por 3 a 1 pelo Grêmio na Arena MRV. Scarpa até abriu o placar com um belo gol, mas a equipe sofreu a virada com tentos de Edenílson, Balbuena e Aravena. A derrota acentuou a má fase e custou uma posição na tabela.
O técnico Cuca, mesmo diante do acúmulo de partidas, tem evitado poupar jogadores. A exceção foi o confronto diante do Bragantino, no qual promoveu maior rodízio. O desgaste físico tem sido um dos desafios enfrentados na tentativa de equilibrar as competições simultâneas.
A próxima rodada reserva mais um teste para os mineiros: duelo contra o São Paulo, no Morumbis, no domingo (24), às 20h30 (horário de Brasília). O confronto antecede o clássico contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa do Brasil, e será disputado sem Lyanco, Junior Alonso e Hulk, todos desfalques por suspensão ou lesão.
Aliás, os números evidenciam o contraste com os líderes. O Flamengo lidera o recorte pós-Mundial com 79,2% de aproveitamento, seguido de Palmeiras e São Paulo. Por outro lado, Fortaleza e Corinthians também aparecem entre os piores desempenhos, o que evidencia que o Galo não está isolado no mau momento.
Por fim, resta ao Atlético-MG transformar os bons desempenhos nas copas em combustível para reagir no Brasileirão. Afinal, em 2024, o clube já flertou com o rebaixamento, escapando apenas na reta final com vitória sobre o Athletico-PR. A memória recente serve como alerta para o que está em jogo nesta temporada.