quinta-feira, agosto 21, 2025
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Fabinho Soldado pode deixar o Corinthians caso candidato à presidência seja eleito

Corinthians vive instabilidade política e financeira em meio a eleição presidencial e dificuldades no mercado da bola

O Corinthians atravessa um período de instabilidade política e esportiva. A crise institucional começou com o impeachment de Augusto Melo, eleito em 2023 para o triênio 2024-2026, e consolidou-se com a renúncia de membros do Conselho. Desde então, Osmar Stabile assumiu a presidência de forma interina e comandará a transição até a escolha do novo mandatário, marcada para segunda-feira (25 de agosto), no Parque São Jorge.

Nesse cenário, Antonio Roque Citadini surge como um dos principais candidatos à presidência. Conselheiro vitalício e nome conhecido na política interna, ele tem sido apontado como favorito para a disputa direta com Stabile. Citadini, entretanto, não garantiu a permanência do executivo de futebol Fabinho Soldado, bastante pressionado pela atual gestão. A proposta do candidato é entregar o comando do departamento a um ex-jogador identificado com o clube.

Escudo do Corinthians
Escudo do Corinthians (Foto: Divulgação/ Corinthians)

Além disso, Citadini apresentou planos específicos para as categorias de base. Entre suas promessas está a profissionalização do setor e a redução da influência de empresários, com a ideia de também contar com um ex-atleta na função de executivo das divisões inferiores.

Enquanto a eleição se aproxima, a diretoria interina enfrenta problemas no mercado da bola. Impedido pela Fifa de registrar novas contratações, o Corinthians tenta liberar jogadores fora dos planos para reduzir a folha salarial e abrir espaço para jovens. Nessa lista estão o goleiro Matheus Donelli, de 23 anos, e o atacante espanhol Héctor Hernández.

Donelli, revelado nas categorias de base, perdeu espaço ao longo da temporada. Ele foi relacionado pela última vez em 12 de junho, no empate com o Grêmio, e acabou ultrapassado por Felipe Longo, também formado no clube. Mesmo assim, o jovem chegou a atuar em partidas do Brasileirão, incluindo a derrota para o Palmeiras na Arena Barueri.

O caso de Héctor Hernández é semelhante. O atacante, contratado no ano passado para substituir Yuri Alberto, foi afastado do grupo e passou a treinar em horários alternativos. Sua última aparição em campo ocorreu contra o Grêmio, em junho. Na atual temporada, soma 19 jogos, oito como titular, com dois gols e uma assistência.

A dificuldade maior da diretoria, contudo, está em negociar Breno Bidon. Titular absoluto desde a lesão de André Carrillo, o meio-campista de 20 anos é visto como a principal alternativa para equilibrar as finanças. Apesar do interesse de clubes europeus, não houve proposta formal considerada satisfatória, e pessoas próximas ao atleta consideram improvável que uma oferta ultrapasse 15 milhões de euros.

O ambiente conturbado ainda registra outras saídas confirmadas nesta janela de transferências, como Giovane, Alex Santana, Igor Coronado, Léo Mana e Diego Palacios. Assim, entre incertezas eleitorais e dificuldades financeiras, o Corinthians tenta reorganizar seu planejamento para os próximos meses.