A partida de volta entre Independiente e Universidad de Chile pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, marcada para quarta-feira (20 de agosto), foi cancelada após um confronto violento nas arquibancadas do Estádio Libertadores de América, em Avellaneda. A briga generalizada entre torcedores interrompeu o jogo no início do segundo tempo, quando o placar marcava 1 a 1. O jogo de ida havia terminado com vitória dos chilenos por 1 a 0.
De acordo com relatos da imprensa argentina, a confusão começou ainda no primeiro tempo, quando torcedores da Universidad de Chile lançaram artefatos contra a torcida adversária, atearam fogo em objetos e roubaram faixas. Na sequência, torcedores do Independiente invadiram o setor chileno, rompendo o bloqueio policial, e iniciaram uma briga corporal, que resultou em cenas de brutalidade. Algumas pessoas ficaram ensanguentadas, outras foram despidas, e mais de 300 torcedores foram detidos.
Em nota oficial, a Conmebol confirmou o cancelamento da partida e informou que a Unidade Disciplinar da entidade será responsável por analisar os fatos e decidir qual equipe avançará para enfrentar o Alianza Lima nas quartas de final. A CBF também se pronunciou, cobrando uma apuração rigorosa dos eventos e exigindo sanções severas. “É inadmissível que episódios como esse se repitam. Manifestamos total solidariedade às vítimas da violência e às suas famílias”, declarou a entidade brasileira.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, reagiu de forma contundente ao episódio. Em comunicado publicado nas redes sociais na quinta-feira (21 de agosto), o dirigente lamentou profundamente os atos de violência que impediram a realização da partida e reforçou a necessidade de punições exemplares.
“Condeno veementemente a violência chocante que levou ao cancelamento do jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana entre Independiente e Universidad de Chile em Buenos Aires. A violência não tem lugar no futebol: jogadores, torcedores, funcionários, árbitros e todos que gostam do nosso belo esporte devem poder fazê-lo sem medo”.
Na mesma nota, Infantino demonstrou solidariedade aos envolvidos nos acontecimentos. “Da Fifa, nossos pensamentos estão com todas as vítimas inocentes, enquanto esperamos que as autoridades competentes imponham sanções exemplares contra os autores desses atos terríveis”.
As autoridades locais ainda não divulgaram a identidade dos detidos, mas informaram que vários torcedores, sobretudo chilenos, foram levados ao hospital com ferimentos graves. A Conmebol segue monitorando a situação junto às forças de segurança da Argentina, enquanto os dois clubes aguardam um desfecho disciplinar da entidade sul-americana.
