A novela Êta Mundo Melhor! exibirá uma nova homenagem à cantora Preta Gil, falecida em julho deste ano. A iniciativa partiu da diretora artística da trama, Amora Mautner, amiga de infância da artista. A partir de sábado (23), a personagem Dita, interpretada por Jeniffer Nascimento, será vista admirando um retrato de Preta nos corredores da fictícia Rádio Paraízo.
Já no capítulo seguinte, programado para sábado (30), a cantora será retratada como capa de uma revista da época, reforçando a presença simbólica da artista na narrativa da novela das 18 horas.
Segundo Amora, a proposta de incluir a imagem da cantora na novela teve forte caráter pessoal e afetivo. Em declaração pública, a diretora explicou o vínculo entre elas:
“É minha referência de vida, minha irmã, meu sol. Estou aprendendo a viver sem ela, que ficará sempre dentro de mim”.
Primeira homenagem foi ao ar em Vale Tudo
Antes de ser lembrada em Êta Mundo Melhor!, Preta Gil já havia recebido um tributo na abertura da novela Vale Tudo, exibida na faixa das 21 horas. A homenagem foi ao ar na segunda-feira (21 de julho), um dia após sua morte.
Na ocasião, a tradicional canção “Brasil”, interpretada por Gal Costa, foi substituída por uma versão cantada por Preta. Além disso, uma imagem da cantora foi exibida no encerramento da abertura.
A gravação utilizada na abertura foi retirada da participação de Preta Gil no Domingão com Huck, em 30 de março, véspera da estreia do remake de Vale Tudo. Este foi também o último programa de televisão em que ela apareceu.
Despedida e luta contra o câncer
Preta Gil faleceu dia 20 de julho, aos 50 anos, após lutar por mais de dois anos contra um câncer no intestino. A artista estava em Nova York, nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental, e faleceu pouco antes de retornar ao Brasil.
Reação da família e manifestações
Gilberto Gil, pai da cantora, comentou publicamente sobre a perda em entrevista à Folha de S. Paulo. O cantor relatou que o longo período de tratamento contribuiu para amenizar o impacto emocional da morte.
“A morte dela, a falta dela é uma coisa pesarosa, e esse pesar se manifesta de várias formas, já foi muito mais intenso nos primeiros dias, provocador da lágrima, do choro. Sempre falo que a gente teve um tempo longo para se familiarizar com a passagem da Preta. Isso tem um efeito calmante, de certa forma”.
Apesar do luto, Gil retornou aos palcos e prestou homenagem à filha durante apresentação no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Ele dedicou a canção “Drão” à memória da cantora:
“Todas as vezes que tenho cantado essa música ultimamente, tenho cantado pra ela. Nesses últimos anos, sempre pra ela. Uma das meninas lá de casa, nossa menina Preta. Foi feita pra mãe dela”.
