Os desdobramentos da eliminação do Botafogo na Libertadores seguem repercutindo nos bastidores e nas redes sociais. Três episódios marcaram o cenário esportivo nos últimos dias: a provocação do Flamengo após garantir vaga nas quartas de final; as críticas internas ao técnico Davide Ancelotti e ao volante Allan pela queda diante da LDU; e a postura conciliadora de John Textor, que saiu em defesa do elenco e do treinador. Esses acontecimentos não só revelam a tensão entre rivais, como também apontam os desafios enfrentados pelo clube alvinegro na sequência da temporada.
Flamengo provoca o Botafogo nas redes após eliminação
A eliminação precoce do Botafogo na Libertadores foi o estopim para uma provocação do Flamengo nas redes sociais. A conta oficial rubro-negra no Instagram publicou um vídeo destacando os gols da vitória sobre o Internacional, com uma legenda provocativa: “tem gente que tem medo de ser eliminado nas oitavas de final da Libertadores 2025”, “PENA QUE NÃO É O MEU CASO”. O conteúdo rapidamente viralizou entre os torcedores, gerando reações bem-humoradas e inflamando ainda mais a rivalidade entre os clubes cariocas.
A publicação também serviu como uma celebração da classificação do Flamengo para as quartas de final da competição, onde enfrentará o Estudiantes. Nas redes, a torcida respondeu com entusiasmo à provocação. Comentários como “Bom demais” e “Finalmente zoando os caras também” dominaram o espaço, mostrando que a rivalidade extrapola os gramados e se estende ao universo digital.
A movimentação online também reflete a confiança da equipe rubro-negra no torneio continental. Enquanto o Botafogo tenta se recompor da eliminação, o Flamengo aproveita o bom momento para consolidar sua presença como protagonista da temporada. A disputa entre os dois times ganha novos contornos com o avanço de um e a queda do outro.
Do lado do Botafogo, a derrota por 2 a 0 para a LDU, em Quito, selou sua eliminação nas oitavas de final. Apesar da vitória por 1 a 0 no jogo de ida, a equipe sofreu com falhas defensivas e um pênalti cometido por Marlon Freitas. A atuação inconsistente frustrou torcedores e interrompeu a invencibilidade como visitante sob o comando de Ancelotti.
Ancelotti e Allan são apontados como culpados pela eliminação
A repercussão da eliminação do Botafogo na Libertadores gerou críticas internas e externas ao elenco e à comissão técnica. Entre os principais alvos estão o técnico Davide Ancelotti e o volante Allan, apontados por analistas como os principais responsáveis pelo desempenho abaixo do esperado. A decisão de manter Allan no meio-campo, apesar de seu rendimento questionável, afetou o funcionamento coletivo do time.
Segundo especialistas, Allan teve dificuldades nas saídas de bola, cobertura defensiva e passes. Sua atuação comprometeu a coesão do setor, o que facilitou as investidas da equipe equatoriana. A ausência de ajustes durante a partida, como a substituição por Newton, foi outro fator destacado nas análises. Para muitos, o volante reserva teria trazido maior poder de marcação e melhor controle do ritmo de jogo.
As críticas ao treinador também se intensificaram por conta de suas decisões táticas. Ancelotti manteve uma formação que não se mostrou eficiente desde o início do confronto, e não reagiu às falhas identificadas ainda no primeiro tempo. Com isso, a vantagem construída no jogo de ida foi rapidamente revertida pela LDU.
Apesar das falhas, o momento pode servir como ponto de virada para o Botafogo. A experiência internacional deixa lições importantes, especialmente sobre a gestão de elenco e adaptação tática em jogos decisivos. O futuro da equipe dependerá da capacidade de corrigir erros e reforçar os pontos frágeis para as competições nacionais.
John Textor sai em defesa de Davide Ancelotti
Mesmo diante das críticas e da eliminação precoce, o empresário John Textor adotou uma postura de apoio ao técnico Davide Ancelotti. Em publicação nas redes sociais, o dirigente destacou o comprometimento com o projeto do clube e afirmou sua confiança no trabalho do treinador e dos jogadores. A atitude contrasta com posicionamentos anteriores, quando foi mais incisivo ao criticar outros técnicos do clube.
“Sabemos que não é possível, mas queremos ganhar esse troféu todo ano. Nosso clube mudou desde que estamos juntos porque agora nós esperamos ganhar os maiores troféus e derrotar as maiores equipes.”
A declaração reafirma o compromisso de longo prazo do dirigente com a equipe, apesar da frustração com a eliminação. Além de reforçar o apoio à comissão técnica, Textor também convocou a torcida a continuar apoiando o elenco até o fim da temporada. A ideia é evitar um clima de instabilidade que possa comprometer os próximos compromissos.
a“Hoje nós sentimos a dor juntos, um novo tipo de dor, porque não fomos bons o suficiente e não cumprimos nossas expectativas… Mas eu acredito nesse treinador e nesses atletas. Seguiremos em frente e vamos vencer de novo. Juntos venceremos de novo.”
A fala evidencia a intenção de preservar a confiança no trabalho atual. Mesmo distante da liderança no Campeonato Brasileiro, o Botafogo ainda disputa a Copa do Brasil, onde enfrentará o Vasco nas quartas de final. A continuidade do trabalho de Ancelotti será posta à prova nos próximos jogos decisivos da temporada.
Perspectivas do Botafogo após queda continental
A eliminação na Libertadores pode marcar um ponto de inflexão para o Botafogo em 2025. Com a saída precoce do torneio continental, a equipe volta suas atenções para as competições domésticas, onde ainda há oportunidades para recuperação e conquistas. A reação da diretoria, blindando Ancelotti, indica que o clube deseja evitar mudanças bruscas no comando técnico.
O principal desafio será restaurar a confiança da equipe e da torcida. A manutenção do treinador mostra que a diretoria opta pela estabilidade como estratégia para o restante da temporada. Em paralelo, será necessário rever decisões táticas e de escalação, especialmente em jogos decisivos.
Ao mesmo tempo, o episódio fortalece a rivalidade com o Flamengo, que vive momento oposto e aproveitou a eliminação para provocar o rival. Esse tipo de narrativa intensifica o peso das próximas partidas entre os clubes e mantém o Botafogo sob os holofotes.
Com um calendário ainda cheio pela frente, o Glorioso terá que transformar a frustração em motivação. A resposta virá em campo — onde a pressão será constante e as oportunidades de redenção, limitadas.